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quarta-feira, dezembro 20, 2006

De Médico e Louco...

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(mais um relato)

Contra todas as expectativas inclusive as minhas, contra a vontade de todos os meus familiares e contra todas as possibilidades fui aprovado. É isso aí, não sei como mas fui aprovado na prova de Obtenção de Novo Título. Não que a concorrência fosse absurda eram 7 pessoas para uma vaga. Chegando na prova vi que tinha algumas pessoas que já haviam feito algum curso no ICEX, devido à intimidade com o examinador. Vi também que o camarada estava concorrendo à mesma vaga que eu. Já comecei a pensar que não daria.

Chegou a prova.. Você sabe o que é estudar toda a matéria de matemática e física do vestibular em 20 dias??? Eu também não sabia, ainda mais após ter ficado 10 anos sem estudar nada disso! Conclusão: quase levantei e entreguei a prova em branco, mas como estava lá resolvi perder meu tempo direito e fiz a bendita prova. De 10 questões só sabia fazer umas 3, o resto foi tudo chute alto...

Bem, após ter até sonhos premonitórios recebi um telefonema, antes do esperado avisando que tinha sido chamado. Fui ao colegiado fiquei em segundo, foram chamdas três pessoas. Impressionante, eles queriam mesmo que eu fosse aprovado! 1o lugar 65pts, 2o 38pts (eu), 3o 34pts.

É minha gente, eu não quero ser eu no próximo ano... Não vou nem dar conta. Vamos ver quanto tempo eu duro!

Então é isso, de médico e louco eu tenho um pouco mais que os outros!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Mamãe, quero ser Físico!!!

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OBS: Esse é um post de acontecimentos pessoais, talvez não haja muito interesse, mas está aí pois tem muito tempo que não posto, Ragner abraços camarada.

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Quem não me conhece vai falar que sou louco, mas quem me conhece um pouco vai falar que eu preciso mesmo ficar internato permanentemente. Aqueles porque a maioria acha que física é coisa de louco mesmo, estes por saberem que sou dermatologista em belo horizonte devem se perguntar o que é que esse mongolóide vai fazer?

Ah, os que me conhecem bem podem até achar "doidice", mas que está dentro dos meus padrões mesmo.

O ponto é: sempre quis fazer física depois de um tempo da medicina, não sabia quanto tempo seria, mas faria. Resolvi agora que esse tempo é já! Por que adiar? Para ver os sonhos minguarem como acontecem com nossos pais e tantos à nossa volta? Não, quero e quero agora, se depois desistir, problema, mas tentei.

Nessa sexta, 17/11/06, vou tentar a prova para Obtenção de Novo Título, prova de matemática e física, depois de 10 anos sem nem passar perto disso, têm noção??? Nem eu tinha, redescobrir esse mundo intrigante está sendo legal, mas honestamente acho que não conseguirei passar, serão ao todo 20 dias para estudar, só faltam agora 3 e não estudei nada de física, vamos ver como faço, mas vou tentar mesmo assim. Se passar terei que estudar um pouco mais para iniciar as aulas, que já sei que não são fáceis.

Agora é isso, vamos ver o que dá.

Fui.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Odeio Crianças!

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Como ando sem idéias e, no momento, sem tempo posto um texto, caduco de tão antigo, principalmente em tempos de internet, que o agora já passou há muito tempo. Esse texto foi de Fev/96, primeiro mês, primeiro ano em Belo Horizonte. Provavelmente no Carnaval, quando fiquei 4 dias em regime de internato dentro do apartamento, pois não conhecia nada nem ninguém nessa cidade, em pleno carnaval, onde não havia nem restaurante aberto para eu almoçar.

Ragner, valeu pela visita, também sou seu fã meu amigo, abraços.

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Esse é meu primo, e afilhado, Gabriel

Crianças

Estive pensando e descobri!
Eu odeio crianças!
Criança tem o péssimo costume
De trazer no fundo de seu olhar
O que realmente se passa com ela.
Isso até que não seria problema.
O problema é quando você pára
Em um semáforo e vê,
Mesmo fazendo o possível para evitar,
No fundo de seus olhos,
Que existe miséria e abandono,
Em um país que se gaba de ser feliz.
Acho que eu não gosto de crianças.
Porque quando eu as olho,
Novamente paro para pensar:
Será que haverá futuro,
Quando nem tratamos da semente
Que está no presente?

Obrigado Senhor!
Por nos dar as crianças!

(Alexandre Lima de Barros)
Belo Horizonte-MG 17/02/96 - 23:02

terça-feira, setembro 26, 2006

Deus Tira Onda (ou: Por que existimos?)

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Raramente escrevo dois posts no mesmo dia, mas ontem quis escrever isso e na hora H fugiu da minha mente. Agora que acabei de assistir ao filme Energia Pura (Powder) acabei lembrando-me.

Esses dias estava conversando com a Flávia, católica convicta, mas muito agradável de conversar e, conversa vai, conversa vem comecei a pensar:

"Deus tira onda com a nossa cara!"

É sério, tentem me acompanhar. Suponhamos1 que exista esse "Deus" que todas as religiões dizem. Esse cara supremo O Cara, que criou tudo e todos, dizem que ele é Só Justiça, Só Amor e etc e tal. Suponhamos que, por essas qualidades todas Ele sabe o que faz, nos ama, e quer o bem de todos - até mesmo porque não aceitaríamos que o grande criador queira o nosso mal.

Isso tudo suposto e outras suposições mais às quais não me lembro no momento, pergunto: Por que raios existimos, assim, da forma que existimos? O que quero dizer é por que esse mundo é tão foda? Por que tem um galerão sofrendo, e uma turminha só nadando na carne-seca, passeando de jet-sky na nata da existência? Por que tem um gurizinho ali na rua que não dorme de tanto frio e eu aqui não durmo por opção no apartamentinho quentinho com minha internet banda larga?

Para explicar isso é mais complexo, vai depender da religião, e me perdoem se eu simplificar demais a parada aqui, mas é que não conheço tanto assim dos milhares de ramos que existem:
1.Cristãs: temos que expiar nossos pecados para merecer o paraiso eterno.
... Então fiquem espertos camaradas vale a pena sofrer uns 50 a 80 aninhos para ganhar a eternidade de brinde.
2.Espíritas (reencarnacionistas em geral): estamos pagando ou usufruindo o que plantamos no passado.
... Parece um pouco mais justo.
3.Outras: tudo faz parte do todo, tudo é impermanente, etc.
4.Várias outras: vários outros motivos.

Eu poderia ficar por um tempo aqui, se tivesse conhecimento para tal, discorrendo sobre as explicações, mas atualmente eu caio na seguinte pergunta:

- E daí? Por que nós?
Se Deus é bom prá caramba por que eu tenho que sofrer, qual é a dele? Na proposição 1, cristã, é foda aceitar as discrepâncias de oportunidade. Falarão em livre arbítrio e coisa e tal, mas é muita injustiça comparar o filho do Abílio Diniz e o ambiente que ele cresceu com o Laranjinha, que nasceu no favelão e tudo o que ele via era crime, e que prá ele é normal, se é normal como recriminá-lo por fazer isso.

Podem me falar de livre arbítrio à vontade, que somos diferentes dos animais, que pensamos e escolhemos o nosso caminho, mas ainda sim fica a pergunta: Prá quê? Por quê?
Se Deus é e sempre foi essa perfeição, por que ele inventou a gente? Para quê o livre arbítrio e o sentimento se isso nos faz sofrer. Tá, não quero reclamar dos dons que ele me deu e que não deu prá essa muriçoca filha da puta que fica me picando até morrer debaixo da minha mão. Não estou sendo ingrato, eu só queria saber o que Ele ganha com isso? O que isso traz para a Sua grande experiência eterna?

Será que um belo dia ele acordou na sua intemporalidade e resolveu olhar para aquele esboço de DNA e pensou: "E se eu pusesse uma pitadinha de livre arbítrio... vamos ver o que acontece!!!" e eureka... nascemos!

Prá quê? Prá que meu Deus? Fica parecendo aqueles meninos muleques que espetam um palito na bunda da tanajura só prá ver a bichinha batendo asa. Será que coloca formiga no copo d'água, só para ver o que acontece?

Eu juro que não entendo o que ele quer, mas vou seguindo, afinal de contas é assim que o bendito do livre arbítrio (que de livre tem muito pouco nesse mundo) me guia.

Por seu teor filosófico, caros amigos, gostaria muito de vossos comentários.

Um grande abraço.

1. Eu acredito em Deus, mas de vez em quando fica difícil definir exatamente como é esse Deus em que acredito, mas prá efeito geral eu acredito.

Eu Dou Choque!

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Bem, calma companheiros, não estou querendo dizer não me toque pois dou choque, ou qualquer coisa assim. Não quero dizer que sou fresco, estourado e "dou choque", estou dizendo apenas a afirmação clara, simples, gramaticalmente falando: Eu dou choque, simples.

Isso tem me intrigado, mas a todo instante, em todos os lugares, em todas as pessoas (digo, não todas, mas frequentemente) eu dou choque.

- Vou sair do carro: dou choque.
Não precisam falar que com clima frio e vento etc, carrega o carro e você toma choque... não... é toda vez.

- Vou examinar um paciente: choque.
- Vou abrir uma porta: choque.

Tudo: choque.

Acho que meu dom mutante vai se manifestar a qualquer momento. Aguardem por novidades, alguns, até procuram um dermatologista, mas isso não é problema de pele, então não acho necessário.

Abraços.

sábado, setembro 16, 2006

Trocadilhema Vezes Menos Um

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Lendo o blog do grande amigo, escritor e poeta Carino, encontrei o poema Trocadilhema, publicado no dia 12/09/06, muito gracioso, mas como sou bastante enrolado, me vi na situação inversa aqui vai a resposta.

Trocadilhema Vezes Menos Um

Vagareza essa,
Impede-me as idéias
Ver impressa.

Alexandre Lima de Barros
BH - 16-09-2006 - 10:23


1. Quando multiplicamos um número por -1 (menos um) invertemos o seu sinal.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Caipirão (À Lajinha)

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Releio esse poema que vou postar e o sentimento saudosista brota novamente em meu peito. Essa vida nossa hoje é tão corrida que às vezes penso que não fui eu quem viveu isso tudo. Foi há muito, muito tempo, parece-me que foi há 50 anos atrás. Tenho vontade de viver isso tudo um pouco mais, entretanto é tarde, muito tarde, o que se foi "é ido", não volta mesmo.

Tenho vontade de voltar à minha Lajinha e ver como está hoje, o que mudou naquelas ruas de paralelepípedo que tantas vezes corri descalço cidade a fora, só de shorts e muita disposição. Bicicletinha GaloCross, isso mesmo Galo, não era Caloy não pois era cara, mas era até cromadinha, com manche amarelo, bonita até. Andei demais, caí demais, vivi bastante. Quero ver a Igrejinha, quero ver a Praça, que tinha uma sorveteria do lado, com sanduíche "Americano" pois não gostava de queijo, nem hamburguer, bala Ice Kiss com mensagem para compensar um pouco da timidez.

Ai, queria muito ver o Carnaval, o Cheira-Cheira, meu amado azul e branco, o Mé de verde e rosa, a águia do Kenedy de vermelho e branco. Participar do ateliê, ajudando a fazer as roupas e adereços, ajudando quase nada, mas tentava.

Saudades dos amigos.

Em termos de saudosismo sou pior que muita gente, sou saudosista do que não vivi até mais do que o que vivi. Tenho saudades de ver minha vó dançando rancheira, quando ainda era adolescente. Saudades de ver minha mãe passando à pé, lá da "feirinha" até o Estela Matutina, lá em Nanuque, saudades.

Ai Saudades, ô bicho marvado.
Esse poema em primeiro lugar é homenagem à Lajinha, em segundo a meu pai que sempre amou aquele lugar e a quem devo um pouco dessa vontade de escrever. Homenageio os velhos amigos que nunca mais vi, mas que ajudaram a construir minha vida.


Caipirão (À Lajinha)

Ê Gonzaga, saudades de ti Luiz.
Tô aqui, escuto Asa Branca,
Lembro da minha terra.
Terra que não verei, nem ninguém verá.

A fazendinha,
Cheia de galinha cocá.
Bichinha danada,
Teimando em me despertar.

Fazendão,
Café em plantação.
Verdim, vermelhim.
Lavrador a colher,
Criançada a correr.
Secagem no terreirão.
À noite forrozão.

Saudades Gonzaga.
Casarões suspensos,
Vigas de madeira,
Até hoje não sei porque.
Mas era bonito,
Chão batido no chão.
Casarão suspenso no ar.

Saudades da minha infância.
Pela rua brincava.
Minha mãe cozinhava.
Naquela época não tinha preocupação.
Eu não corria perigo não.

Bem, corria, mas era outra coisa.
Não era sequestro, nem ladrão.
Perigava estourar a cara,
Pedalando feito louco descendo ladeira.
Perigava pegar verme,
Brincando na lamaceira.
Sem falar dos morrinhos,
Que teimava escalar.
Ah se mamãe soubesse,
Quantas vezes temi me esborrachar.

Saudades da minha Lajinha.
Choro, choro de saudades.
Saudades da Igrejinha,
No alto da pedra.
Ah se mamãe soubesse.
Meu nome tá lá.

Amigos de infância,
Que nunca pude visitar.
Mas estão no meu coração,
Assim como outros que virão.
Mas hoje não falo do futuro.
Saudoso do meu passado.

Saudades Gonzaga,
E só para ser singelo,
Saudadezinha
Da minha Lajinha.

(Alexandre Lima de Barros - 23/07/2004 - BH - 14:02
Escutando Luiz Gonzaga).

Quereres

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Quereres

Se pudesse escolher um sonho,
Escolheria o sonho eterno
De pra sempre me quereres.

Pois querer-te, assim como quero,
Já não cabe em sonho,
Ou o que além houver.

Mas, se além disso puder querer,
Fico com essa vida
Para sempre a te beijar.

(Alexandre Lima de Barros
BH, 08/08/2006 - 0:58)

segunda-feira, agosto 14, 2006

Era Dia dos Pais

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Bem, 12 de Agosto, véspera do dia dos pais, fomos, Eu, Flávia e Família para um baile de igreja: Baile do Papai. Queríamos começar a por em prática um pouca das aulas de dança de salão que estamos fazendo.

Como poucas vezes acontece, eu cheguei até cedo, a banda começa a tocar, espero uma ou duas músicas até tomar coragem de dançar na frente daquele povarel todo - afinal na aula de dança é fácil, eu estou só aprendendo. Levantamos e nos pomos a dançar, tranquilo, passou a vergonha, é mais tranquilo que pensava, dançamos um pouco.

Passado algum tempo uma muvuca se amontoa a um canto do salão, preessentindo o acontecido corri ao local, como muitos outros já faziam. Um senhor caído no chão, sangrando devido ao impacto, parada cardíaca, sem pulso, um leve reflexo respiratório. Detesto emergências, fugi disso toda a minha vida acadêmica e profissional, mas quando se é o único com alguma capacitação deve-se assumir um certo comando.
Com a cooperação de outras duas pessoas iniciamos uma massagem cardíaca, enquanto todos no salão, desesperados começavam a dar opiniões, telefonar para a emergência. Foram longuíssimos 20 minutos de massagem cardíaca, até a chegada do SAMU. Víamos a esposa chorosa, depois chegam filho e filha. Depois chega o SAMU, fizemos a nossa parte, agora é com eles.

Só um não cooperou com nossos anseios, aquele senhor deitado no chão, talvez fosse mesmo sua hora, penso que chegada a hora, não adianta, ele dá adeus e se vai.

A festa acabou, para nós, mas na memória daquela família, nunca acabará, a cada ano lembrarão: "Era véspera do dia dos pais, e o nosso foi ter com o pai maior."

Um dia será o nosso dia, que venha sereno, tranquilo.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Tudo que é bom acontece na madrugada!

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Olá queridos poucos leitores, em primeiro lugar um comentário: já faz tempo que não apareço aqui, mas deixa isso prá lá, sou assim mesmo.

Agora vamos ao texto.
Estou indignado, são 02:10 da manhã e vou perder mais alguns minutos do lindo, precioso e amado sono para protestar.

Tudo o que é bom acontece na madrugada. Já reparou nisso? Se não me entendem refiro-me principalmente aos programas de TV. Já cansei de perder noites de sono assistindo a programas da madrugada, ou dormi com raiva por não vê-los. Os show bacanas que não estão na mídia passam de madrugada. Aquela apresentação de violão de um grupo bacana de não sei onde, passa de madrugada. A ciência diz que quem dorme mais vive mais e melhor, o problema é que a ciência só me diz isso de madrugada.

Esse bendito mundo tem exigido e sugado tanto de nós durante o dia que só o que nos resta é a madrugada. Agora entendo a pergunta que me faziam no exército, ante à minha perplexidade pela sobrecarga de tarefas a cumprir: "O que você faz de Meia-noite às Seis?". Agora eu responderia: - Eu Vivo... é; porque durante o dia eu produzo... viver para mim só depois disso. A aula de violão até sai um pouco mais cedo, mas, para desespero das minhas irmãs e da vizinhança, só posso praticar bem mais tarde. Depois disso vem um tempinho para leitura, o que acaba sempre virando um tempão.

Estava ali assistindo um programa na MultiShow que dá uma misturada em física e truques de magia, ô trem gostoso sô. Adoro física e magia é muito massa. Entretanto coisas desse tipo não passam na Globo, só depois de uns 3 anos e se fizer sucesso lá fora. (Como foi o MithBusthers... se for assim que se escreve).

Continuando minhas reclamações... A sociedade trabalha para recharçar (ou seria com X, quem souber deixe um comentário para mim, estou sem o dicionário aqui agora) as coisas boas para a madrugada. Bem até aquele rala-e-rola, muitas vezes só rola de madrugada.

Acreditem, um dia desses até o desenho animado que eu queria ver só rolou de madrugada! Assim não pode, assim não dá.

Claro que sempre existe a possibilidade de eu estar envelhecendo a mente mais rápido do que esperava, e aquilo, que eu não dava a mínima antes, só consigo ver de madrugada. Aff... tô ranzinza, vou dormir.

sábado, julho 08, 2006

Confiar é foda

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Confiar é foda. E tenho dito.

Em Dezembro comprei um carro, foi um carro usado, mas tenho um amigo que tem uma loja mecânica e me falou que o carro estava ótimo, não tinha nenhum problema, ele estava intermediando a questão. Como era meu amigo confiei, achei que não tinha nenhum interesse nisso. De lá para cá, tenho tido problemas frequentes. Na viagem de ontem de BH para Teixeira de Freitas - BA, foi a vez do radiador dar problema, acho que ar no sistema, assim ele não estava acionando, mas porra, ele saiu da revisão ontem!!! Isso não era para acontecer!
Na média estou muito contente com o carro, mas esses probleminhas sempre me fazem pensar que peguei um mico, paguei mais caro do que deveria e ainda tenho problemas, isso é foda.

Entretanto, meus amigos, por mais que digam "Esse cara é um otário", é assim que eu sou. Eu tenho uma doença Humanus confians. Essa é uma doença por mutação cromossômica, que nem sempre é transmitida aos descendentes, mas às vezes tem caráter familiar. No meu caso eu fui o mais acometido pela doença na família.

Os sintomas são simples: você confia em tudo e todos. Simples né? O problema é quando a confiança não é merecida, nessa hora descobrirá qual das duas vertentes da doença você tem se a Humanus confians despreocupatus ou a famigerada Humanus confians estressatus. Também é simples explicar na Hc estressatus a quebra na confiança te deixa profundamente irritado e decepcionado com todos os que nos cercam, gerando um sofrimento intenso devido a grande sensação de engano que se sofre; enquanto na Hc despreocupatus continuamos a nossa vida, sabendo que essas coisas ocorrem, que nem sempre as pessoas terão a dignidade e a honestidade da confiança que depositamos nelas, mas isso nunca será um motivo para se lamentar. Na verdade é comprimido amargo, mas paliativo à nossa doença, fazendo com que reflitamos um pouco mais.

Bem meus amigos, confiar é isso depositar no outro uma carga tão pesada que só a força de caráter pode suportar.
Mas nem sempre o outro suporta.

Consideração final: acho que imaginam de qual das doenças eu sofro não é mesmo?

Abraços.

domingo, junho 18, 2006

Vem Dançar (Take The Lead)

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Sexta feira fui assistir ao filme Vem Dançar (Take the Lead), direção de Liz Friedlander, com Antonio Banderas. O filme em si não tem nada de muito novo, afinal é um filme sobre dança e na verdade é muito difícil fazer um filme realmente novo.

Entretanto e mais interessante é que esse filme além de ter uma boa fotografia e movimentação, trata-se de um filme baseado em história real, Pierre Dulaine, professor de Dança de Salão que se dedica a alunos em uma escola digamos com uma "população de risco": jovens delinquentes, rebeldes ou outros nem tanto, mas que acabam sendo marginalizados.

Ultimamente ando muito interessado no tema pois, após séculos de intenção, resolvi, finalmente, entrar numa aula de Dança, a companhia da Flávia acaba sendo um incentivo à mais. É muito gostosa a sensação de poder dançar, nem que seja um pouquinho, estou adorando isso. Espero que eu continue me dedicando assim por mais tempo.

Bem, sobre o filme, recomendo: ele acaba juntando um pouco de dança de sala com street dance, que dá um efeito legal, bonito, empolgante, com algumas coreografias bastante sensuais, como a dança muitas vezes é.

Quanto à Dança de Salão, recomendo ainda mais. Sou suspeito para falar, pois sempre sonhei com isso, vendo meu pai que sempre gostou de dançar e minhas irmãs que também dançam um pouco. Agora é a minha vez.

Aceitem minha sugestão, vale a pena.

Abraços.

Compre o DVD

quinta-feira, junho 15, 2006

E Se...

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Bem amigos da Rede Globo... ops, é o blog, mas com esse clima de copa, mesmo eu, que não gosto de futebol, fico empolgado.

Aqui vai mais um texto que escrevi há alguns dias e vou postar aqui, onde der vou reelaborar um pouco mais.

...

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BH, 19/05/06 - 0:15

Hoje estou meio disposto a escrever, tanto tempo fazia. Em parte devo isso ao Ragner, meu grande amigo Ragner que tanto me enche osaco para atualizar o blog. Engraçado ver essa admiração que alguns amigos nutrem por nós e também exercem sobre nós, ele é um desses amigos.

Sinto saudades de escrever, mas às vezes deixamos tudo meio parado. "Suspenso no ar". Sinto saudades de poemas que não escrevi, alguns seriam lindos, outros nem tanto, mas seriam escritos. Penso que muitos sentem isso. A idéia vem à mente, mas por motivos vários não são executadas, as vejo como filhos abortados, tenho saudades delas, por que elas não voltam.

Por falar em saudades, sinto falta de alguns amigos, de infância, que nunca mais vi e nem sei se me reconheceriam hoje. Mas bola prá frente (nesse clima de copa então!).

Sinto muita, muita falta do que não vivi. Como pode isso? Não faz sentido, chega a ser crueldade esse sentimento. Como combater o desconhecido? E se... nada disso tivesse feito diferença alguma?

Tenho uma vida maravilhosa, não que eu já esteja "sentado no trono de um apartamento", mas estou bem, trabalho, estou amando muito e me parece bastante que sou correspondido, tenho alguns bons amigos, uma família amorosa. Entretanto, e mesmo assim, hoje estou sentindo uma melancolia pelo não vivido. Eu não fiz passeata pelo impeachment, eu não fui preso pelos militares (nem era nascido, mas isso pouco importa), eu não usei calça boca de sino (o que seria bem ridículo hoje) e costeleta (nem tenho barba para isso), eu mal me lembro dos Menudos, não fui à Festa da Cerveja com meus colegas na faculdade e todos falaram que foi maravilhoso, caralho eu não participei do Show Medicina1 nem fui à Intermed!!!

É cruel e incrível esse sentimento, sofrer pelo que não se fez. É como em um conto de fadas, mas contos que aconteceram, entretanto nós não vivemos.

Deve ser por isso que vivo buscando coisas novas, apartamento novo, vida nova, trabalho novo, religião nova - nesse quesito posso escrever um livro, ou um filme (já pensou se fico rico?!!!).

Essa vida é uma graça mesmo, mas eu não estou nem aí. Minha dor e minha alegria são o que me constroem e não há quem me convença o contrário (tá pode ser que sim), mesmo que sejam coisas simples como ganhar uma partida de Imagem e Ação ou dado uma topada no dedo!

1. Show Medicina: grupo de teatro formado, exclusivamente, por alunos da Faculdade de Medicina da UFMG, que já tem, hoje, mais de 50 anos de atuação.

sábado, junho 10, 2006

Perfil

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Se achou estranho o título do post não se assuste, rss... É isso mesmo, meu texto no perfil do orkut, já está lá há muito tempo e achei que cabia, aqui, registrá-lo, pois já está passando da hora de mudar um pouco como vão ver no post.

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Falar de mim é complicado, principalmente para mim que gosto muito de sentir as coisas e não ficar racionalizando tudo.

Falaria que sou intenso gosto de amizades com intensidade, amores com intensidade, conhecimentos com intensidade, vivências com intensidade e mudanças com mais intensidade ainda.

Metamorfose Ambulante poderia fazer parte da trilha sonora da minha vida. Já fui católico, espírita, ocultista, magista, cético, hoje sou um pouco de tudo e nada disso... por enquanto.

Mas toda mudança parte de uma base e em todas minha família sempre foi o que me deu estrutura. Amo meus pais, amo minhas irmãs, e principalmente já falei isso para eles, não uma, mas muitas vezes. Amo meu paizão, minha Mami, minhas irmãs, Bi e Jana. Minhas irmãs, grandes amigas.

Meus amigos, paredes que me sustentam, talvez paredes não porque condicionam, são fixas. Prefiro pensar nos meus amigos como continentes, em contato com o oceano da minha vida, com eternas trocas de um para o outro. Grandes irmãos e companheiros... se for um deles sabe que pode contar comigo para horas de conversa ou de pura zueira... Gosto de escutar, Deus, como gosto de escutar, saber o que eles sentem e o que gostam.

Para terminar, posso dizer que sou flexível, como os contos chineses, sou como o bambu, pode me envergar facilmente, me quebrar... bem se esforce um pouco mais. Não me contenho por regras por isso não sou dependente de moda ou do senso comum, não estou limitado ao que os outros pensam de mim, tudo é só mais uma fração da realidade. Mas só porque digo que não me limito ao pensamente dos outros eu não possa usar roupas ou frequentar lugares da moda. Sou flexivel a ponto de me permitir escolher o que a maioria escolhe... Só não se acostumem, pois isso também passará. Eu sou impermanente, a vida é impermanente, tudo o que acredito e penso mudará e nada do que disse será mais verdade.

"Se hoje eu sou estrela, amanhã já se apagou..."1 ou não.


1. Raul Seixas - Metamorfose Ambulante

quarta-feira, junho 07, 2006

Flor de Papel

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Uma flor de papel não vale nada, mas muda tudo!

Agora pronto, o que quero dizer com isso?
Vou resumir, para acabar o suspense, depois me explico: Um pequeno gesto vale muito!

Entendeu? Vamos então explicar.
Nos nossos relacionamentos diários são os pequenos gestos que fazem as grandes diferenças. Um pequeno agrado, um carinho "inesperado", uma mensagenzinha no celular, totalmente sem conteúdo, só para dizer "olá, como vai?"

Por muito tempo pensei que isso tudo era uma grande tolice, gastar dinheiro à-toa. Mas o que dizer da surpresa de um toque no celular, a doçura de um bombom despretencioso?

Hoje penso diferente. Não acho que chegue a ser chiclete, talvez ainda esteja mais para o desligadão, mas já consigo valorizar esses pequenos gestos, como comrar uma Pipoca Aritana para a irmã que está triste.

Então pense nisso, um pequeno gesto muda tudo.

E a flor de papel, onde entra na história? Bem... no começo dela. Uma ocasião, carnaval, há uns 03 anos, estava o Rafa (meu primo), minha irmã, umas amigas dela e eu, festa de axé, maior muvuca. Nisso passa uma ambulante: "Compra uma rosa para as moças! 1 real!" - Vê se pode: Dar um real numa rosa de papel? meu primo Deu, não 01 real, mas 05 reais, uma para cada menina. Agrado bobo. Mas os agradecimetnos de cada uma e as várias vezes que elas lembraram o feito, não passaram tão levianos por meus ouvidos, pequena tortura que foi.

Um pequeno gesto muda tudo.
Não há preço para o sorriso da surpresa.

- Alexandre Lima de Barros
- Belo Horizonte, 18/05/2006, 23:54.

terça-feira, junho 06, 2006

Como Diria o Renato...

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Não sei nem como começar a falar sobre a indignação que estou sentindo hoje.

Hoje uma cambada de vândalos, aproximadamente 700, indiu a Câmara dos Deputados em Brasília. Não meus amigos, como vocês podem ter visto nos jornais, não apenas invadiram, eles destruiram tudo por onde passavam. Foi uma demonstração horrorosa do desrespeito a paz, à democracia.

Para mim que sempre tive que discutir até os horários de chegar em casa, parece uma aberração da humanidade o que essas pessoas fazem. Hoje os manifestantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) invadiram uma das casas da democracia de nosso país - entendo muito bem que nem sempre são tão "democráticos" lá, mas são os representantes do nosso sistema - destruiram carros, computadores, tudo o que viam pela frente. Eu, na minha insignificância não questiono seus motivos, questiono seus métodos: ontem destruiram o viveiro de pesquisa da Aracruz, hoje a Câmara, o quê será amanhã???

Não tenho condições nem conhecimento para discutir politicamente tudo isso, mas tenho condição de me envergonhar disso tudo. Envergonho-me ao ver que todo o nosso sistema é permissivo com tais manifestações. É triste ver que esses manifestantes realmente achem que essa é a melhor de reinvindicarem seus pretensos direitos. É triste também ver que o governo, pelo qual eu votei e ainda gosto e defendo, também fica pondo panos quentes e alisando a cabeça dessa corja. E o que é mais triste é que nessa época, todos aproveitam isso para fazer palanque, até mesmo nosso querido Arnaldo Jabor não perde uma oportunidade sequer de colocar a culpa de todos os males sobre o Lula. Será que ele acha que foi o Lula que abriu a Caixa de Pandora, ou comeu o fruto Proibido, banindo todos do Paraíso??? Ele não é perfeito, muito longe disso, mas tenha a santa paciência né!

Já não basta essa cambada de arruaceiros depredarem tudo, ainda me vem um filho-duma-égua (Jabor) falar que a culpa não é deles e sim do Governo?!!!

Como diria o Renato: Que País é Esse???

quarta-feira, maio 31, 2006

Paro, Reparo... Vou Parar

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Aos amigos que acompanham essa minha mente louca coloco aqui mais um texto, mais um poema naquele estilo brainstorm, sendo assim preparem-se para algo livre, sem preocupações.
Sabe, eu adoro escrever dessa forma, sem pensar na lógica na rima, no sentido. É lógico que saem algumas rimas aí, mas fluem natural, já o sentido nem sempre é tão lógico. É como aquela brincadeira, uma palavra puxando outra e assim por diante.
No dia que escrevi o que se segue já tinha escrito outros dois textos, um deles colocarei aqui mais tarde pois tem como pano de fundo um fato mixuruco desses que tomam grande importância na nossa vida. Bem, esse foi o último da noite em que o escrevi e foi engraçado, pois fazia alguns meses e do nada escrevi umas 7 páginas do meu caderninho e já passava da hora de parar e dormir.

Abraços.

Paro, Reparo... Vou Parar

Paro, reparo, aparo
Aparo verbos palavras
Soltas em minha mente correm
Mais rapido que escrevo, evo, Eva
Eva que mordeu maçã, perdição, maldição.
Encarcerou Adão fora do paraíso, riso
Riso do pecado bandido, incutido a ferro
na cabeça incalta dos fiéis e servos que
Agora crescem, milhões na mente.
É pente, no cabelo passa, pasta, grumenta
Que segura e aguenta pensamentos torpes
Caquéticos raquíticos de povão inculto
Graças aos políticos, larápios filhas-da-puta
Denigrem minha luta por uma gente justa
Que leva na bunda por não saber votar.
Dá licença, ... vou parar.
UFA!!!

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte, 19/05/2006 - 0:22

quarta-feira, maio 24, 2006

Humanos Em Uma Concha

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Bem, vou tentar deixar esse blog atualizado, mas como todos nós sabemos, as idéias costumam nos fugir, então resolvi compartilhar um textinho antigo.
Poxa estou parecendo museu, vivendo de antiguidade, mas depois coloco aqui mais um texto no estilo brainstorm que fiz esses dias.

Então compartilho com os amigos mais esse. Caso queiram deixem seus comentários, concordando ou discordando.

Abraços.

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Humanos em uma concha

Ah, os humanos e suas conchas.
São como pérolas enclausuradas.
Brilhantes e reluzentes,
Belas e puras, mas ainda escondidas.

Não só nisso são como elas, belas pérolas.
Como elas, de um pequeno detrito
Se enobrecem e fortificam.
Como uma jóia, mas bela fica, após o atrito.

Humano é luz, pois de luz é o Pai
Sedes força, pois de força é a Terra
Não te reprimas no lodo das paixões
Onde, por vontade própria vos estacionastes.
Movimente-se, faça mover em si a energia divina.
A energia que permeia todo o cosmos.

E mesmo quando estiver no mais profundo abismo.
Como no escuro fundo do oceano.
Quando estiver hermético, fechado.
Lembras que és como a concha, recheado de pérola.

Alexandre Lima de Barros - 16/09/2002
(Ouvindo Bach "Minueto a Badinerie")

segunda-feira, maio 22, 2006

Constatar a Morte

2 comentários
Esse é mais um post com textos antigos, mas para os poucos que gostam de ler isso aqui, aí vai.

Esse texto escrevi em 2003, na minha segunda semana de trabalho como médico. Fui chamado para constatar a morte de uma senhora que morava próximo ao posto de saúde que eu trabalhava.

Constatar a Morte

Fui chamado.

- Emergência?
- Não! Constatar uma morte... eu não posso.
- Acaso posso eu? Como assim?

Aqui estou, diante da antítese do que busco. Vejo na cama o corpo ainda quente. Invólucro do espírito, que agora busca outras moradas.
Não tem pulso, batimento, não há vida.
Esta que busco, onde está?
Está em todos que ficam, talvez nos quevão.
Está em todos os lados, mesmo nas paredes maltradas do cômodo. Mesmo no corpo inerte na cama.
Constatar a morte.
Perceber a vida.

Alexandre Lima de Barros
Posto de Saúde Alto Vera Cruz - Belo Horizonte, 28/08/2003, 12:47.

domingo, maio 21, 2006

Código Da Vinci (O Filme)

Então chega aos cinemas o tão esperado e polêmico filme baseado no livro de Dan Brown.

Fui ao Pátio Savassi (Cinemark) na sessão das 0:10, já havia comprado o ingresso às 14:00. Tudo bem, cheguei às 22:45 ao Pátio, ligo para minha irmã:

- Bianca, onde você está?
- Na fila, sentada, de calça branca.
- Mas já???
- Sim!
- Tá, beijo.

Impressionante faltando 1:30 já tem gente na fila... Tá no inferno, abraça o capeta, vamos lá então. Vou pular a espera sentado no chão.

O filme, muito bom, para falar isso tenho que ser um mero espectador, esqueci que li o livro. Isso posto o filme é bom e de uma forma muito rápida conta a história toda do livro, com algumas adaptações, é claro, algumas passam, outras eu não gostei.

Entretanto se compararmos com o livro fica muito a desejar, mas sempre acontece isso com filmes adaptados não é mesmo.

O filme enfatizou muito a trama da linhagem sagrada, que também é tema do livro, mas a impressão que tenho é que no livro isso é passado de maneira mais calma, branda. No filme não, isso comanda.

Uma coisa que não gostei é de alguns trechos do Opus Dei, que não foi mostrado no filme. No livro o autor dá umas atenuadas no final, quando Aringarosa fala sobre a importância de perdoar.

Mas foi um bom filme e valeu a pena.

sexta-feira, maio 19, 2006

A Cronica que Agora Escrevi

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- Boa noite "seu" Ivaí.
Seu Ivaí é um porteiro, de uma rua que morei. Seu Ivaí, como muitos outros é um desses porteiros que habitam a entrada de nossos prédios, nossa cidade.
Imagino esses camaradas, zeladores de nossa segurança, a maioria deles muito educados, ali sentados em suas portarias.
Calma, deixa eu explicar o porque desse assunto. Em minhas muitas andanças pela cidade - coisa de quem não tinha dinheiro para gastar com taxi nem paciência para andar de ônibus - adquiri o hábito de cumprimentar os porteiros e outros habitantes da noite.
Nem sei como são suas vidas, mas sempre os imagino ali, no meio da noite, solitários.

Pare e pense, você, no meio da noite. Aquelas nobres senhoras que atormentam nossos ouvidos nos elevadores e corredores com assuntos de total "desimportância"1 já foram dormir, não vão mais ocupar os porteiros em longas conversas. Enquanto isso, seus filhos e netos ainda não chegaram com seus carros da balada - carros que eles, os porteriros, nunca terão.

Pensou? Agora pense que você, na posição desse porteiro, deve ficar acordado, em um cubículo escuro, com uma pequena TV preto-e-branco. Ninguém para conversar, nada para falar, nada para distrair.

Pois é! É por isso que eu os cumprimento. Não que eu já inicie com grandes cumprimentos; no início é mais como um levantar de sombrancelhas, depois um aceno de cabeça, para finalmente um aceno de mão e um largo: "- Boa Noite!"
Então eu os cumprimento. Um pequeno intervalo na noite enfadonha. Um pequeno divertimento, para que eles pensem: "Coitado desse menino, andando solitário por essa noite sem graça".

E será que não é isso?


Belo Horizonte, 18/05/2006 - 22:10.

1. Pessoalmente adoro longas conversas com muitos desses velhinhos, mas normalmente não nos corredores, principalmente quando estamos morrendo de pressa.

quinta-feira, maio 18, 2006

O Caos nos ronda!

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São Paulo está em caos...

Nossa maior metrópole já sofre as consequências do seu título. Quando as notícias começaram a surgir fiquei lembrando desses filmes americanos onde cidades inteiras são comandadas por criminosos (vide Sin City). Fico pensando se isso não está prestes a acontecer.

O que será que falta a nossos governantes para tomar as rédeas do nosso estado, nosso país. Vejo o governo de São Paulo negando a ajuda militar... uma coisa realmente delicada. Aceitar ajuda militar é reconhecer-se incapaz de resolver seus próprios problemas, coordenar estratégias de combate. Também é delicado pois o nosso EB (Exército Brasileiro) ainda não é muito bem treinado para o combate urbano.

Esse drama também tem gerado uma série de tramas e conjecturas absurdas. Umas das que acho mais interessante é de que isso tudo é uma trama do Governo Lula para (1) Denegrir imagem do PSDB e PFL e (2) o Governo Lula vir ao final da crise e resolver tudo.

É momento de uma nova metáfora com os grandes filmes... em que governos promovem grandes crises para sairem por cima. Sabe, não acho totalmente impossível. Veja aí o governo americano que promove guerras para aumentar os lucros do seu país. Mas o nosso caso é diferente seria dar o tiro no próprio pé, no próprio povo.

Entretando não estou aqui para dizer o que realmente está acontecendo... só sei que temos que cuidar melhor do nosso povo. Nossos "pivetes", pedintes de hoje vão crescer, como os de ontem cresceram. Aqueles também se tornarão criminosos, muito mais graves do que simples batedores de carteira... a hora é agora: cuidemos do nosso povo.