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quarta-feira, maio 31, 2006

Paro, Reparo... Vou Parar

2 comentários
Aos amigos que acompanham essa minha mente louca coloco aqui mais um texto, mais um poema naquele estilo brainstorm, sendo assim preparem-se para algo livre, sem preocupações.
Sabe, eu adoro escrever dessa forma, sem pensar na lógica na rima, no sentido. É lógico que saem algumas rimas aí, mas fluem natural, já o sentido nem sempre é tão lógico. É como aquela brincadeira, uma palavra puxando outra e assim por diante.
No dia que escrevi o que se segue já tinha escrito outros dois textos, um deles colocarei aqui mais tarde pois tem como pano de fundo um fato mixuruco desses que tomam grande importância na nossa vida. Bem, esse foi o último da noite em que o escrevi e foi engraçado, pois fazia alguns meses e do nada escrevi umas 7 páginas do meu caderninho e já passava da hora de parar e dormir.

Abraços.

Paro, Reparo... Vou Parar

Paro, reparo, aparo
Aparo verbos palavras
Soltas em minha mente correm
Mais rapido que escrevo, evo, Eva
Eva que mordeu maçã, perdição, maldição.
Encarcerou Adão fora do paraíso, riso
Riso do pecado bandido, incutido a ferro
na cabeça incalta dos fiéis e servos que
Agora crescem, milhões na mente.
É pente, no cabelo passa, pasta, grumenta
Que segura e aguenta pensamentos torpes
Caquéticos raquíticos de povão inculto
Graças aos políticos, larápios filhas-da-puta
Denigrem minha luta por uma gente justa
Que leva na bunda por não saber votar.
Dá licença, ... vou parar.
UFA!!!

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte, 19/05/2006 - 0:22

quarta-feira, maio 24, 2006

Humanos Em Uma Concha

3 comentários
Bem, vou tentar deixar esse blog atualizado, mas como todos nós sabemos, as idéias costumam nos fugir, então resolvi compartilhar um textinho antigo.
Poxa estou parecendo museu, vivendo de antiguidade, mas depois coloco aqui mais um texto no estilo brainstorm que fiz esses dias.

Então compartilho com os amigos mais esse. Caso queiram deixem seus comentários, concordando ou discordando.

Abraços.

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Humanos em uma concha

Ah, os humanos e suas conchas.
São como pérolas enclausuradas.
Brilhantes e reluzentes,
Belas e puras, mas ainda escondidas.

Não só nisso são como elas, belas pérolas.
Como elas, de um pequeno detrito
Se enobrecem e fortificam.
Como uma jóia, mas bela fica, após o atrito.

Humano é luz, pois de luz é o Pai
Sedes força, pois de força é a Terra
Não te reprimas no lodo das paixões
Onde, por vontade própria vos estacionastes.
Movimente-se, faça mover em si a energia divina.
A energia que permeia todo o cosmos.

E mesmo quando estiver no mais profundo abismo.
Como no escuro fundo do oceano.
Quando estiver hermético, fechado.
Lembras que és como a concha, recheado de pérola.

Alexandre Lima de Barros - 16/09/2002
(Ouvindo Bach "Minueto a Badinerie")

segunda-feira, maio 22, 2006

Constatar a Morte

2 comentários
Esse é mais um post com textos antigos, mas para os poucos que gostam de ler isso aqui, aí vai.

Esse texto escrevi em 2003, na minha segunda semana de trabalho como médico. Fui chamado para constatar a morte de uma senhora que morava próximo ao posto de saúde que eu trabalhava.

Constatar a Morte

Fui chamado.

- Emergência?
- Não! Constatar uma morte... eu não posso.
- Acaso posso eu? Como assim?

Aqui estou, diante da antítese do que busco. Vejo na cama o corpo ainda quente. Invólucro do espírito, que agora busca outras moradas.
Não tem pulso, batimento, não há vida.
Esta que busco, onde está?
Está em todos que ficam, talvez nos quevão.
Está em todos os lados, mesmo nas paredes maltradas do cômodo. Mesmo no corpo inerte na cama.
Constatar a morte.
Perceber a vida.

Alexandre Lima de Barros
Posto de Saúde Alto Vera Cruz - Belo Horizonte, 28/08/2003, 12:47.

domingo, maio 21, 2006

Código Da Vinci (O Filme)

Então chega aos cinemas o tão esperado e polêmico filme baseado no livro de Dan Brown.

Fui ao Pátio Savassi (Cinemark) na sessão das 0:10, já havia comprado o ingresso às 14:00. Tudo bem, cheguei às 22:45 ao Pátio, ligo para minha irmã:

- Bianca, onde você está?
- Na fila, sentada, de calça branca.
- Mas já???
- Sim!
- Tá, beijo.

Impressionante faltando 1:30 já tem gente na fila... Tá no inferno, abraça o capeta, vamos lá então. Vou pular a espera sentado no chão.

O filme, muito bom, para falar isso tenho que ser um mero espectador, esqueci que li o livro. Isso posto o filme é bom e de uma forma muito rápida conta a história toda do livro, com algumas adaptações, é claro, algumas passam, outras eu não gostei.

Entretanto se compararmos com o livro fica muito a desejar, mas sempre acontece isso com filmes adaptados não é mesmo.

O filme enfatizou muito a trama da linhagem sagrada, que também é tema do livro, mas a impressão que tenho é que no livro isso é passado de maneira mais calma, branda. No filme não, isso comanda.

Uma coisa que não gostei é de alguns trechos do Opus Dei, que não foi mostrado no filme. No livro o autor dá umas atenuadas no final, quando Aringarosa fala sobre a importância de perdoar.

Mas foi um bom filme e valeu a pena.

sexta-feira, maio 19, 2006

A Cronica que Agora Escrevi

1 comentários
- Boa noite "seu" Ivaí.
Seu Ivaí é um porteiro, de uma rua que morei. Seu Ivaí, como muitos outros é um desses porteiros que habitam a entrada de nossos prédios, nossa cidade.
Imagino esses camaradas, zeladores de nossa segurança, a maioria deles muito educados, ali sentados em suas portarias.
Calma, deixa eu explicar o porque desse assunto. Em minhas muitas andanças pela cidade - coisa de quem não tinha dinheiro para gastar com taxi nem paciência para andar de ônibus - adquiri o hábito de cumprimentar os porteiros e outros habitantes da noite.
Nem sei como são suas vidas, mas sempre os imagino ali, no meio da noite, solitários.

Pare e pense, você, no meio da noite. Aquelas nobres senhoras que atormentam nossos ouvidos nos elevadores e corredores com assuntos de total "desimportância"1 já foram dormir, não vão mais ocupar os porteiros em longas conversas. Enquanto isso, seus filhos e netos ainda não chegaram com seus carros da balada - carros que eles, os porteriros, nunca terão.

Pensou? Agora pense que você, na posição desse porteiro, deve ficar acordado, em um cubículo escuro, com uma pequena TV preto-e-branco. Ninguém para conversar, nada para falar, nada para distrair.

Pois é! É por isso que eu os cumprimento. Não que eu já inicie com grandes cumprimentos; no início é mais como um levantar de sombrancelhas, depois um aceno de cabeça, para finalmente um aceno de mão e um largo: "- Boa Noite!"
Então eu os cumprimento. Um pequeno intervalo na noite enfadonha. Um pequeno divertimento, para que eles pensem: "Coitado desse menino, andando solitário por essa noite sem graça".

E será que não é isso?


Belo Horizonte, 18/05/2006 - 22:10.

1. Pessoalmente adoro longas conversas com muitos desses velhinhos, mas normalmente não nos corredores, principalmente quando estamos morrendo de pressa.

quinta-feira, maio 18, 2006

O Caos nos ronda!

1 comentários
São Paulo está em caos...

Nossa maior metrópole já sofre as consequências do seu título. Quando as notícias começaram a surgir fiquei lembrando desses filmes americanos onde cidades inteiras são comandadas por criminosos (vide Sin City). Fico pensando se isso não está prestes a acontecer.

O que será que falta a nossos governantes para tomar as rédeas do nosso estado, nosso país. Vejo o governo de São Paulo negando a ajuda militar... uma coisa realmente delicada. Aceitar ajuda militar é reconhecer-se incapaz de resolver seus próprios problemas, coordenar estratégias de combate. Também é delicado pois o nosso EB (Exército Brasileiro) ainda não é muito bem treinado para o combate urbano.

Esse drama também tem gerado uma série de tramas e conjecturas absurdas. Umas das que acho mais interessante é de que isso tudo é uma trama do Governo Lula para (1) Denegrir imagem do PSDB e PFL e (2) o Governo Lula vir ao final da crise e resolver tudo.

É momento de uma nova metáfora com os grandes filmes... em que governos promovem grandes crises para sairem por cima. Sabe, não acho totalmente impossível. Veja aí o governo americano que promove guerras para aumentar os lucros do seu país. Mas o nosso caso é diferente seria dar o tiro no próprio pé, no próprio povo.

Entretando não estou aqui para dizer o que realmente está acontecendo... só sei que temos que cuidar melhor do nosso povo. Nossos "pivetes", pedintes de hoje vão crescer, como os de ontem cresceram. Aqueles também se tornarão criminosos, muito mais graves do que simples batedores de carteira... a hora é agora: cuidemos do nosso povo.