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terça-feira, setembro 30, 2008

Escolhas

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E agora, o quê faço?
Você já se deparou com essa pergunta?
Eu já, várias vezes.
Somos o somatório de resultados de equações simples e sucessivas, sendo que cada uma tem apenas duas opções: Lado A x Lado B. Resumindo: somos um emaranhado enorme de todas as escolhas que fizemos.

Fulano é feliz: sortudo; Ciclano é deprimido: tadinho.
Balela, lorota, história da Carochinha.
Pensamento besta, que todos nós temos. Cada um é, aquilo que escolheu ser. Simples, limpído, como água de chuva.

Pense naquela paixão não correspondida que te consome. Está te matando né? Você escolheu.
Poderá dizer que paixão/amor não escolhemos. Tá bom, eu sou um pouco místico e acredito em certas artimanhas do destino. Entretanto, no fundo, escolhemos como vamos processar esse enorme banco de dados, repleto de informações e variáveis a que estamos sujeitos.

Sou eu que vou escolher se vou ficar parado massageando os quartos traseiros depois daquele bem dado ponta-pé ou, se vou aproveitar aquele impulso e cair no colo de uma linda morena!
Sou eu que vou escolher se vou aguentar calado ou não os xingamentos daquele patrão filho-da-puta. Se vou aguentar calado, decido se vou ficar remoendo aquilo ou se vou pensar em uma forma de sair desse emprego de merda e ralar por um outro melhor.

Está tristinho porque ninguém retribui a atenção que você dá? Se vira neguinho. É tudo sua escolha. Você gosta do que faz? Gosta de "dar essa atenção"? Então pronto, vai lá, faça o que te deixa feliz e se mantenha assim.

Sejá lá qual for sua escolha, faça-a com convicção, de preferência sem expectativas. Faça-a sim, mas porque é o que VOCÊ quer fazer, afinal, no frigir dos ovos, é sempre isso o que ocorre. Mas se percebe que tudo foi escolha sua, não tem erro, vai saber como lidar com as conseqüências.

Escolhas sucessivas, é isso que somos. Somos esse amontoado de células interpretando o teatro que nossa mente resolveu viver.

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte - 30/09/2008 - 00:53