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quinta-feira, junho 28, 2007

Exercitando o meu pensar

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Bem, só avisando que mudei o nome da sessão "Exercitando o meu pensar" para "Últimos livros que li". Afinal de contas, como, sutilmente, sugeriu o leitor Tutankhamon no post "Odeio Crianças". Bem, vá lá, não foi uma sugestão, foi uma crítica ao fato de citar um Livro do Dan Brown em uma sessão "Exercitando o meu pensar".

Tudo bem, o Brown não fez sucesso com nenhum livro de filosofia, querido Tutankhamon, nem um livro científico qualquer. Exceto para aqueles que já são propícios a acreditar na mistura de fatos reais com místicos/ficcionais que o Dan Brown faz, mas não deixa de ser interessante.

Isso me faz pensar um pouco no ato de pensar per si. Será que só pensam aquelas pessoas letradas, como disse? Para mim, tudo exercita o meu pensar, até escutar uma música do Calypso. Posso chegar à conclusão de que é uma bosta, ou uma maravilha, mas exercita. É óbvio que muitas coisas trazem um melhor ganho cultural ou de sabedoria, mas tudo exercita o meu pensar.

Então, resumindo, até mesmo Dan Brown exercita o meu pensar, ou quem sabe um sorvete de maracujá na Sorveteria São Domingos.

domingo, junho 24, 2007

Adágios Sobre o Sofrimento...

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Todo mundo nesse mundo sofre, pode ser um pequeno sofrimento, pode ser rápido, como uma topada com o dedão numa pedra da calçada, mas todo mundo passa por algum sofrimento, ou algum tipo de dor. É óbvio que existem algumas situações que a maioria de nós considerará bem pior que outras, mas para quem está passando por um determinado problema, pouco importa se tem gente morrendo de fome na somália ou se morreram milhares de pessoas no atentado ao World Trade Center.

A dor, o sofrimento, são inteiramente pessoais, intransferíveis e não podem ser medidas. A dor do término do namoro, de ser reprovado naquela matéria. O sofrimento de ver que nossos políticos não têm mesmo vergonha na cara e nós somos os otários que os colocamos lá. Não tem como medir a dor do outro.

Por isso há algum tempo escrevi os adágios que se seguem, talvez nos ajude a suportar nosso sofrimento e o dos outros também.

Adágios sobre o Sofrimento
(ou a dor) em um egoísta Surtado
.

Do tipo: O pior sofrimento é o MEU.
Da intensidade: O MAIOR sofrimento é o que EU estou sentindo NESTE momento.
Da temporalidade: todo sofrimento é eterno, mesmo que dure 30 segundos.

(Alexandre Lima de Barros - Belo Horizonte - 15/04/2003)

sábado, junho 02, 2007

Proucurando Por Aí

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PROCURANDO POR AÍ

Ah felicidade.
Busquei por você em tantos lugares,
Tantos corpos, tantas mentes.
Foi tanto querer, tanto tentar
Sem de fato encontrar.

Felicidade, felicidade,
A vi, lá longe, achando ter-lhe encontrado tantas vezes,
Para então perdê-la novamente.

Ah coração,
Tu que não te aquietas frente ao desconhecido,
Quer pular, de cabeça,
Sem saber as profundezas dessas águas,
Cuida-te coração, acabou sua aflição.

Nem tudo está lá fora,
Como agora já sabes muito bem.
Basta só olhar para dentro.

Difícil caminhada essa,
Buscar tão longe o abstrato.
Para, de repente, sem que pedisse,
Sem que já nem mais procurasse.
O amor o encontraste.

Alexandre Lima de Barros
25/05/2007 – 09:00

sábado, abril 14, 2007

A Fila

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A Fila

Sentado vejo o mundo passar. Estou aqui no Banco, esperando minha vez nessa enorme fila que tudo se tornou: fila para o banco, para o banheiro, para o supermercado e até fila para o transplante.

Estar na fila é esperar, então continuamos esperando por alguma mudança, um passo à frente ("Próximo!"), esperando uma ação do governo, esperando ganhar na mega-sena.

Todos perfilados, coluna por um, roboticamente rumando a um caminho preguiçosamente desconhecido. Enquanto isso, aqui estou, colocando palavras em fila, palavras, que, na maioria das vezes não diz nada à ninguém.

Bom seria furar essa fila ("Próximo!", "- Eu!"), chegar na frente e mostrar que não ficou parado, esperando, mostrar que veio ao mundo por um motivo palpável e não apenas por inércia da natureza.

Isso já é outra fila, não a minha, mas um dia chego lá.
- Próximo!

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte - 10/04/2007 - 09:58

segunda-feira, abril 09, 2007

Por que eu gosto de Blogs?

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Estou participando do Concurso: "Por que eu gosto de blogs?", realizado pelo BrPoint.
Essa foi a motivação principal para esse artigo, mas a idéia é legal e acabei comprando-a.

Os blogs são a nova mania na internet, todo mundo lê algum tipo de blog, mesmo que pense que não. Eles estão em toda parte, desde blogs de pessoas desconhecidas até de celebridades perenes e também daquelas instantâneas.

A pergunta: Por que eu gosto de blogs?

Aqui divido minha resposta em duas partes: Porque gosto de ler blogs e porque gosto de escrever blogs.

Quanto ao primeiro deles digo que gosto de ler blogs porque blogs são livros, revistas, jornais escritos artigo a artigo, a conta-gotas, mas de uma forma que, de um jeito ou de outra é caprichada. Muitos têm o capricho estético, outras o capricho do conteúdo, e quando falo de conteúdo falo daqueles que tratam de coisas mais banais como os BBBs da vida, pois até esses têm um conteúdo bom para o que se propõem. Além disso a grande maioria é escrito por pessoas que realmente entendem do assunto ou que buscam entendê-lo - Se eu quero saber sobre o filme "300" é muito melhor buscar algum comentário em 3 ou 4 blogs do que ler uma resenha cretina na revista veja. Se quero saber qual o melhor host para meu site vou em um blog específico e fico sabendo de tudo e um pouco mais. Devo dar destaque para blogs de grandes escritores desconhecidos, que fazem do seu blog o seu livro não publicado ou a intenção de vir a sê-lo. Podemos achar ótimos textos, poemas, crônicas na blogosfera.

Quanto a outra parte da resposta, porque gosto de escrever em blogs, parte da resposta foi dada no parágrafo anterior. Escrever é a vontade de ver algo publicado, para que todos possam ver, opinar, criticar ou ignorar, mas pelo menos não ficou guardado, escondido. Escrever também é uma forma de exercitar a comunicação, fugir um pouco da média, sentir-se um pouco mais importante do que somos e chegar um pouquinho mais perto do que queremos ser.
Escrever também é partilhar idéias e conhecimentos, passar para outras pessoas um pouquinho do que sabemos e com isso facilitar um pouco a vida delas, assim como muitos outros facilitam a nossa.
Atualmente um outro motivo tem surgido nesse quesito é o que chamam na blogosfera de monetização e problogger. Isso nada mais é que o ato de usarmos nossos sites para gerar uma graninha à mais e facilitar um pouquinho mais a nossa vida... por que não?

Se você gostou dessa última parte sugiro que passe no Blog do Aurélio. Outro que recomendo MUITO é o Efetividade.net, já aprendi muita coisa por lá.

Deuses das Águas

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Esse poema abaixo foi escrito especialmente após admirar um pouquinho algumas fotos de nuvens retirados em um nascer do sol maravilhoso em Nova Viçosa - BA, em Março/2003. A foto principal é esse que está acima, fiquem agora com o poema.

Deuses das Águas

Eis que os deuses do mar,
Cansados de sua luz turva,
Ou quem sabe buscando vida nova,
Lançam-se aos céus.
Esticam seus braços,
Alçam vôo, aos bandos...
Outros ainda voltarão,
Diminutos em pequenas gotas,
Quem sabe em grandes torrentes,
Ou melhor em correntes compassivas,
para que assim outros tantos
Continuem o ciclo.

Alexandre Lima de Barros
2003-08-09 01:56 - Belo Horizonte-MG

quinta-feira, abril 05, 2007

Something Stupid

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Direto do YouTube, dueto com Robbie Williams e Nicole Kidman.
A letra pode ser encontrada aqui e tradução aqui.

Esse video seria apenas para complementar o post em que a Nicole apareceu aí para trás, mas vendo a letra da música - você encontra videos legendados no youtube, mas esse estava com melhor qualidade - pensei em algumas coisas...

Something Stupid

Então é assim, estamos juntos, já fazem anos, muitos anos na verdade, lembro bem como era no início. Os dois sem graça, sem saber o que falar, tudo era imbecil para quem falava e lindo para quem escutava. A vergonha batia até para pedir água ou responder se preferia pão-de-doce ou de-sal, se preferia leite ou café.

O tempo passou e, como acontece na maioria dos casais normais, a intimidade cresceu - em alguns cresce até demais para opinião de outros - perdemos muitas daquelas vergonhas, eu já prefiro pão-de-sal com muita margarina, sei que você não gosta de café, mas muitas outras coisas já foram ditas. Coisas que ainda fazem sentido, especialmente uma certa frase, "Eu Te Amo", como foi difícil e ao mesmo tempo aliviante dizê-la. Pronto, não precisava mais guardar. A resposta não veio no momento, ainda bem, hoje também sei que não seria das mais agradáveis, mas eu não esperava isso mesmo, não naquele momento, também não tardou chegar, você também me amava.

Muitas e muitas horas de conversa se passaram desde então, conversas hilárias e outras muito sérias, mas sempre conversas agradáveis, motivos pelos quais nos apaixonamos um pelo outro. Hoje só te peço que continue do jeito que é, pois sabe que também só consigo "ser eu" ou a essência do que gosto de ser com você. Não deixe que essa minha facilidade de dizer certas coisas torne-as boçais, sem sentido ou conteúdo, é como dizem por aí, "Te Amo" não é "Bom dia", e com certeza há formas muito mais interessantes de dizer bom dia e formas mais gostosas de dizer Te Amo.

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte - 05/04/2007 - 11:56

segunda-feira, abril 02, 2007

Encontro Perfeito

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Encontro Perfeito

É uma bela noite de Blue Moon (2ª Lua Cheia no mesmo mês), aquela lua enorme ilumina o céu límpido de algum lugar afastado dos grandes centros (pois só nesses lugares o céu pode ser realmente límpido).
Uma varanda de um chalézinho de madeira com vista para esse maravilhoso céu e algum lago, ou no topo da montanha.
A mulher que desejo aparece deslizando pela sala em um longo vestido esmeralda decotado. Ela se vira para pegar nossas taças de vinho, posso ver suas costas, uma pele macia, como só as deusas possuem.
Novamente se dirige a mim. Entrega a taça, que após apreciada é deixada de lado. Ela se aproxima, impetuosa, me beija. Agraciado com essa iniciativa a levo para a sala.
Após carinhos e carícias posso vê-la em vestimenta muito mais bela e suave que o reluzente esmeralda.
Mais que isso, que a lua conte.

Alexandre Lima de Barros
04/09/2004 23:25 - Belo Horizonte - MG

sexta-feira, março 23, 2007

Nova metamorfose... No blog

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Bem, seguindo esse meu processo constante de metamorfose, farei algumas mudanças no blog por esses próximos dias, então se notar algo esquisito me fale... e aguarde.

quinta-feira, março 22, 2007

Impermanência (1)

Essa é rapidinha... Há um tempo meu perfil no orkut foi apagado, como não faço a mínima idéia do porque e eles não me deixam a opção de perguntar, tive que fazer outro, que por enquanto anda parado, mas coloco aqui, como registro, o que coloquei lá...

Impermanência (1)

Definir quem eu sou é muito fácil, sou metamórfico, sou aquilo jurei que não seria e me iludo que sempre serei. Amanhã eu já mudei.

Fui católigo, espírita, projeciologista, alquimista, bruxo, magista, hoje talvez seja universalista, mas só por hoje amanhã eu já não sei.

Mas no meio disso tudo uma coisa sempre foi permanente e amo demais meu pai, mimha mãe e minhas lindas irmãs.

Amo a vida e tudo o que faço, mas só por hoje... amanhã vos deixarei.

(Alexandre Lima de Barros - Jan/2007)

sexta-feira, março 16, 2007

100% Um Pouco de Cada Coisa

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Hoje, voltando do trabalho, lá na Praça Sete, esperando pelo ônibus que, por sorte até passa rápido - sorte que nem todos têm - vejo um cara com a camisa 100% Negro. Sempre adorei essa camisa, principalmente quando estava no começo dessa onda de afirmação negra, mas ao mesmo tempo pensava que, aqui na nossa terrinha, com raras excessões, ninguém é 100% NADA!!!

Todos nós sabemos, e isso é bastante martelado na nossa cabeça, que somos um povo extremamente miscigenado1 tudo cruzado, mulatos, caboclos e mamelucos (alguém já viu uma pessoa falar que é mameluco???), é a genética dando um jeito de evoluir e por aqui, se tem uma coisa que evoluiu foi O Jeitinho. Mas voltemos à miscigenação: será que alguém aqui consegue ver isso? Que somos um balaio de gato, todos misturados, branco do "cabelo-ruim", preto do cabelo bom, alguns à custa de algumas chapinhas e alisamentos, mas se a Nikole Kidman pode, por que não nossas brasileirinhas? Quem mais vê isso?

Eu sou um profundo admirador "do tudo" - eclético hoje virou adjetivo para quem não tem opinião sobre nada, um 'tanto faz' tucanado2 - não sou eclético. Eu gosto de tudo (tá bom, quase tudo), intencionalmente, ativamente, não é um tanto faz ou "cê que sabe" porque isso é nome de motel.

É sobre isso que quero falar, já pensou como é legal toda essa nossa mistura? Em todo lugar que vamos temos um pouco de tudo, em quase todos os aspectos, etnia, crenças, danças, músicas... É um grande mostruário existencial.
Dê uma olhada nos colegas ao lado, tem o gordinho a magrinha, a moreninha e o branquelão, cruzeirense e atleticano, portela, mangueira, flamenguista (esse está em todo lugar). Dê uma olhada na japinha mestiça e na negra de olhos verdes.

Volto a perguntar, será que ninguém vê isso? Quero uma camisa 100% Um Pouco de Cada Coisa! Médico físico, catarinense axezeira, economista funkeiro, presidente pilequeiro, loira inteligente (abaixo os estereótipos preconceituosos), homem fiel (por que não?), mulher galinha (até que já tem bastante), político honesto (aí já está faltando). Um pouco de tudo. Como diriam os Paralamas, quero Häagen-Dazs de mangaba, quero de tudo, mas nem todas as coisas me convêem.

E para concluir me dê também o direito de não gostar de nada, pois ser 100% um pouco de tudo, é também ser chato, lerdo, de vez em quando, é assistir o BBB sempre que quiser e escutar No Cume3 enquanto lê Schopenhauer. Ser um pouco de tudo é também, de vez em quando, ser muito quase nada.

1. Aproveito que tive uma dúvida para divulgar um site de dicionário, uma das coisas que mais utilizo e o que ainda mais preciso:
- Priberam Informática: Dicionário

2. Tucanar: termo desenvolvido por José Simão da Folha de São Paulo para designar o ato de rebuscar excessivamente alguns termos, ou algo parecido.

3. No Cume - Falcão

quarta-feira, março 07, 2007

Um Outro Mundo

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Um Outro Mundo

Um outro mundo existe
Eu nunca vi. Quis, mas não vi.
Apenas vivi.
Senti a alegria radiante
A felicidade que dele emana

Por muitas vezes o persegui
Quis ver com olhos mundanos
Aquilo que é reservado aos
Ou será que se escolheram?
Enganados por desejos profundos
Desejos como eu tenho,
De certezas incertas.

Eu não vi, mas senti e vivi.
Disso eu sei, não me digam o
Senti no meu coração
A energia dos outros planos.
Dimensão longíqua e onipresente

Um dia... naquele dia...
Dia que muitos tememos,
Saberei a verdade:
Se senti a verdade ou
Se criei a verdade

(Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte - 19/05/2006 - 21:27)

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

A Força de Sansão

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(obs: esse post foi escrito no dia 01/02/2007, mas minhas irmãs não permitiram divulgar na época, então só agora posto aqui).

Já estava rascunhando uma outra postagem, mas tive que mudar de idéia drasticamente.

Há muito tempo minhas irmãs tentam me convencer a termos um cachorro em casa. Já tivemos outros cachorros, mas a perda de um ente querido é sofrida, então preferi evitar, sem falar nos cuidados com o cachorro, veterinário, vacinas, pet shop e tudo mais.

Elas tanto queriam que até cachorro emprestado uma irmã já pegou. Assim tivemos por algumas semanas uma linda cachorrinha chihuahua, por falar nisso ela até está numa segunda estadia aqui em casa.

Entretanto, hoje, ao voltar do Krav Maga chego em casa e minhas irmãs com a cara mais cinica do mundo e mostraram uma bola, uma bola de pelo, com cara de bravo e os dentinhos afiados, elas colocaram no meu colo, tentei resistir, mas não deu.

Agora temos um cachorro, que já foi batizado, conheçam então o...

Sansão.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Compro, vendo, troco, desbloqueio nuts, nuts, nutsss celular

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Praça Sete, praça do pirulito, centrão, quem é da grande Belo Horizonte - ou BH, como dizemos por aqui - já passou por aqui.
Desde que me mudei para BH esse lugar me deixa eufórico. Toda a sorte de ambulantes e seres que transitam pela Praça Sete.

Há quase 02 anos trabalho como dermatologista no miolo da Praça, naquele edifício do Unibanco e isso aumentou muito as minhas experiências no que se refere à ela. Acordo cedo, me arrumo rápido, mas por algum motivo sempre estou atrasado, o que não me permite usufruir um pouco mais desse nosso símbolo, mas sobre a Praça Sete, até estudo esotérico já fiz. Na verdade já fiz até uma caminhada em todo o eixo da Afonso Pena, coisas de uma outra época.

"Foto na hora foto..."

Tem de tudo na praça e vou falar um pouquinho sobre algumas coisas que prendem minha atenção e me intrigam:

- Acrobata que não faz acrobacia:
Vira e mexe aparece um cara que aparentemente é um "acrobata", coloca lá um aro cheio de facas por onde, supostamente, passará num salto. Digo supostamente, pois várias vezes eu parei para olhar um pouco e nada dele fazer nada, fica só conversando, a multidão se aglomerando, ele a ameaça e volta. Subo para a Clínica onde trabalho e quando posso dou aquela espiada... nada dele pular. Só esperando a gorjeta. Por isso, para mim ele é um acrobata que não faz acrobacia. Se alguém já viu me diga, pois quero saber. (PS: Conversei com uma amiga hoje e ela disse que já viu, mas ele demora muito mesmo)

- Pastor que não prega:
Bem, até que o cara fala, mas é que ele fala tanto e com tanta raiva para os transeuntes que poucos param para escutar sua pregação.

"Compro, vendo, troco, desbloqueio nuts, nuts, nutsss celular..."

- Vendedor de celular
Para mim uma das características mais importantes são os vendedores de celular. O dia todo gritando nas mais diferentes entonações: Compro, vendo, troco e outra série de ações... celular. Fico imaginando que eles têm pesadelos com isso.

"...Amigo é coisa prá se guardar..."

- Manifestações.
Agora a característica suprema são as manifestações, uma constante na praça, todo dia é um bom dia para algum tipo de manifestação, como a minha área na praça é mais limpa, eles sempre ficam ali, embaixo do meu prédio, proclamando todas as palavras de ordem.
Claro que eles respeitam período de férias, dia de jogo da copa, e qualquer dia em que precisam descansar, afinal, nenhuma ideologia é mais importante que um churrasco no feriado ou a seleção na TV, com narração do Galvão é claro! Porque da boca prá fora todo mundo ainda culpa a globo (e o governo) por todos os seus males, mas futebol na globo é futebol na globo.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Big Fish

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Já se vai algum tempo desde o último post, sendo assim vou postar um texto antigo, pois estou, por assim dizer, sem inspiração. Achei esse por acaso, organizando meus textos no pen-drive.

Big Fish

Venho andando pelas ruas, vejo árvores, vejo prédios. Me imagino saltando-os, ou então agarrados em suas superfícies. Sou homem-aranha.

Observo os céus e vejo pássaros e lá estou eu voando através das paisagens, quilômetros em minutos, segundos... como já fiz isso, várias vezes. Saltar, planar, voar, muitas vezes. Em sonhos é claro, não se assustem, que sou doido, mas nem tanto. Chamam de, como é mesmo? Ah, Viagem Astral, Projeção, ou qualquer coisa que o valha.

Já acreditei muito nisso sabe? Hoje um pouco menos. Mas como eu mesmo dizia nessa época: a verdade É, acredite você ou não! Então pouco me interessa se é verdade ou não. Além do mais, verdade depende do ponto de vista. Que tipo de verdade?
Enquanto estou sonhando (ou será que me projetando?) tenho plena consciência e crença de que aquilo é realidade. Estou em um mundo paralelo, é delicioso.
Já voei, já planei, lutei, dei grandes saltos, que me enchiam de prazer. Isso é que é importante.

Nesse nosso plano usual já corri demais, desci ladeira desembestado, em grandes saltos, muito menores do que no outro, mas ainda sim grandes... velocidade, imaginário, The Flash.
Já brinquei até de Super Homem, mas dessa vez me estabaquei no chão, cuidado então, não façam isso em casa, melhor não façam em lugar nenhum se não tiver segurança.

O imaginário é assim, é imenso. Outras dimensões, onde controlo tempo e espaço, se é que eles existem. Já me fundi com o cosmos... fundi, fique bem claro. Sentir tudo ao meu redor, sentir o vento que bate na mesa do meu quarto, sentir o que o vento sente ao ser atravessado por mim. Não tem descrição.

Que desdenhem, não me importo. Continuo voando, voando porque gosto.

(Alexandre Lima de Barros)
21-08-2004 14:11 - Belo Horizonte - MG