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quinta-feira, agosto 23, 2012

Poema Enjoadinho (Vinicius de Moraes)

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Continuando minha tarefa de fazer um blog sobre minhas experiências acerca da paternidade, colocamos um post novo no Ops! Vou ser Pai!, onde poderão encontrar um delicioso poema do Vinicius de Moraes: Poema Enjoadinho que, apesar do nome é muito interessante.

Sobre outros projetos, pretendo criar para o Neuroscópio um domínio próprio, assim que ocorrer comunicarei aqui.

Abraços.

sexta-feira, outubro 17, 2008

Amizade

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Legenda: Eu e meu padrinho


Amizade, quando de coração, não conhece o tempo, transcende o espaço, é uma ligação única entre duas pessoas.

Ao olhar nos olhos do amigo, pouco importa se o viu há um minuto ou há dois anos, a retina registra o que o peito já sabe, é ele, seu amigo.

E assim sempre será.

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte 17/10/2008 - 01:53


Homenagem a alguns grandes amigos, especialmente Ragner e Dani

sábado, junho 02, 2007

Proucurando Por Aí

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PROCURANDO POR AÍ

Ah felicidade.
Busquei por você em tantos lugares,
Tantos corpos, tantas mentes.
Foi tanto querer, tanto tentar
Sem de fato encontrar.

Felicidade, felicidade,
A vi, lá longe, achando ter-lhe encontrado tantas vezes,
Para então perdê-la novamente.

Ah coração,
Tu que não te aquietas frente ao desconhecido,
Quer pular, de cabeça,
Sem saber as profundezas dessas águas,
Cuida-te coração, acabou sua aflição.

Nem tudo está lá fora,
Como agora já sabes muito bem.
Basta só olhar para dentro.

Difícil caminhada essa,
Buscar tão longe o abstrato.
Para, de repente, sem que pedisse,
Sem que já nem mais procurasse.
O amor o encontraste.

Alexandre Lima de Barros
25/05/2007 – 09:00

segunda-feira, abril 09, 2007

Deuses das Águas

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Esse poema abaixo foi escrito especialmente após admirar um pouquinho algumas fotos de nuvens retirados em um nascer do sol maravilhoso em Nova Viçosa - BA, em Março/2003. A foto principal é esse que está acima, fiquem agora com o poema.

Deuses das Águas

Eis que os deuses do mar,
Cansados de sua luz turva,
Ou quem sabe buscando vida nova,
Lançam-se aos céus.
Esticam seus braços,
Alçam vôo, aos bandos...
Outros ainda voltarão,
Diminutos em pequenas gotas,
Quem sabe em grandes torrentes,
Ou melhor em correntes compassivas,
para que assim outros tantos
Continuem o ciclo.

Alexandre Lima de Barros
2003-08-09 01:56 - Belo Horizonte-MG

segunda-feira, abril 02, 2007

Encontro Perfeito

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Encontro Perfeito

É uma bela noite de Blue Moon (2ª Lua Cheia no mesmo mês), aquela lua enorme ilumina o céu límpido de algum lugar afastado dos grandes centros (pois só nesses lugares o céu pode ser realmente límpido).
Uma varanda de um chalézinho de madeira com vista para esse maravilhoso céu e algum lago, ou no topo da montanha.
A mulher que desejo aparece deslizando pela sala em um longo vestido esmeralda decotado. Ela se vira para pegar nossas taças de vinho, posso ver suas costas, uma pele macia, como só as deusas possuem.
Novamente se dirige a mim. Entrega a taça, que após apreciada é deixada de lado. Ela se aproxima, impetuosa, me beija. Agraciado com essa iniciativa a levo para a sala.
Após carinhos e carícias posso vê-la em vestimenta muito mais bela e suave que o reluzente esmeralda.
Mais que isso, que a lua conte.

Alexandre Lima de Barros
04/09/2004 23:25 - Belo Horizonte - MG

quinta-feira, março 22, 2007

Impermanência (1)

Essa é rapidinha... Há um tempo meu perfil no orkut foi apagado, como não faço a mínima idéia do porque e eles não me deixam a opção de perguntar, tive que fazer outro, que por enquanto anda parado, mas coloco aqui, como registro, o que coloquei lá...

Impermanência (1)

Definir quem eu sou é muito fácil, sou metamórfico, sou aquilo jurei que não seria e me iludo que sempre serei. Amanhã eu já mudei.

Fui católigo, espírita, projeciologista, alquimista, bruxo, magista, hoje talvez seja universalista, mas só por hoje amanhã eu já não sei.

Mas no meio disso tudo uma coisa sempre foi permanente e amo demais meu pai, mimha mãe e minhas lindas irmãs.

Amo a vida e tudo o que faço, mas só por hoje... amanhã vos deixarei.

(Alexandre Lima de Barros - Jan/2007)

quarta-feira, março 07, 2007

Um Outro Mundo

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Um Outro Mundo

Um outro mundo existe
Eu nunca vi. Quis, mas não vi.
Apenas vivi.
Senti a alegria radiante
A felicidade que dele emana

Por muitas vezes o persegui
Quis ver com olhos mundanos
Aquilo que é reservado aos
Ou será que se escolheram?
Enganados por desejos profundos
Desejos como eu tenho,
De certezas incertas.

Eu não vi, mas senti e vivi.
Disso eu sei, não me digam o
Senti no meu coração
A energia dos outros planos.
Dimensão longíqua e onipresente

Um dia... naquele dia...
Dia que muitos tememos,
Saberei a verdade:
Se senti a verdade ou
Se criei a verdade

(Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte - 19/05/2006 - 21:27)

sexta-feira, outubro 06, 2006

Odeio Crianças!

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Como ando sem idéias e, no momento, sem tempo posto um texto, caduco de tão antigo, principalmente em tempos de internet, que o agora já passou há muito tempo. Esse texto foi de Fev/96, primeiro mês, primeiro ano em Belo Horizonte. Provavelmente no Carnaval, quando fiquei 4 dias em regime de internato dentro do apartamento, pois não conhecia nada nem ninguém nessa cidade, em pleno carnaval, onde não havia nem restaurante aberto para eu almoçar.

Ragner, valeu pela visita, também sou seu fã meu amigo, abraços.

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Esse é meu primo, e afilhado, Gabriel

Crianças

Estive pensando e descobri!
Eu odeio crianças!
Criança tem o péssimo costume
De trazer no fundo de seu olhar
O que realmente se passa com ela.
Isso até que não seria problema.
O problema é quando você pára
Em um semáforo e vê,
Mesmo fazendo o possível para evitar,
No fundo de seus olhos,
Que existe miséria e abandono,
Em um país que se gaba de ser feliz.
Acho que eu não gosto de crianças.
Porque quando eu as olho,
Novamente paro para pensar:
Será que haverá futuro,
Quando nem tratamos da semente
Que está no presente?

Obrigado Senhor!
Por nos dar as crianças!

(Alexandre Lima de Barros)
Belo Horizonte-MG 17/02/96 - 23:02

sábado, setembro 16, 2006

Trocadilhema Vezes Menos Um

1 comentários
Lendo o blog do grande amigo, escritor e poeta Carino, encontrei o poema Trocadilhema, publicado no dia 12/09/06, muito gracioso, mas como sou bastante enrolado, me vi na situação inversa aqui vai a resposta.

Trocadilhema Vezes Menos Um

Vagareza essa,
Impede-me as idéias
Ver impressa.

Alexandre Lima de Barros
BH - 16-09-2006 - 10:23


1. Quando multiplicamos um número por -1 (menos um) invertemos o seu sinal.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Caipirão (À Lajinha)

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Releio esse poema que vou postar e o sentimento saudosista brota novamente em meu peito. Essa vida nossa hoje é tão corrida que às vezes penso que não fui eu quem viveu isso tudo. Foi há muito, muito tempo, parece-me que foi há 50 anos atrás. Tenho vontade de viver isso tudo um pouco mais, entretanto é tarde, muito tarde, o que se foi "é ido", não volta mesmo.

Tenho vontade de voltar à minha Lajinha e ver como está hoje, o que mudou naquelas ruas de paralelepípedo que tantas vezes corri descalço cidade a fora, só de shorts e muita disposição. Bicicletinha GaloCross, isso mesmo Galo, não era Caloy não pois era cara, mas era até cromadinha, com manche amarelo, bonita até. Andei demais, caí demais, vivi bastante. Quero ver a Igrejinha, quero ver a Praça, que tinha uma sorveteria do lado, com sanduíche "Americano" pois não gostava de queijo, nem hamburguer, bala Ice Kiss com mensagem para compensar um pouco da timidez.

Ai, queria muito ver o Carnaval, o Cheira-Cheira, meu amado azul e branco, o Mé de verde e rosa, a águia do Kenedy de vermelho e branco. Participar do ateliê, ajudando a fazer as roupas e adereços, ajudando quase nada, mas tentava.

Saudades dos amigos.

Em termos de saudosismo sou pior que muita gente, sou saudosista do que não vivi até mais do que o que vivi. Tenho saudades de ver minha vó dançando rancheira, quando ainda era adolescente. Saudades de ver minha mãe passando à pé, lá da "feirinha" até o Estela Matutina, lá em Nanuque, saudades.

Ai Saudades, ô bicho marvado.
Esse poema em primeiro lugar é homenagem à Lajinha, em segundo a meu pai que sempre amou aquele lugar e a quem devo um pouco dessa vontade de escrever. Homenageio os velhos amigos que nunca mais vi, mas que ajudaram a construir minha vida.


Caipirão (À Lajinha)

Ê Gonzaga, saudades de ti Luiz.
Tô aqui, escuto Asa Branca,
Lembro da minha terra.
Terra que não verei, nem ninguém verá.

A fazendinha,
Cheia de galinha cocá.
Bichinha danada,
Teimando em me despertar.

Fazendão,
Café em plantação.
Verdim, vermelhim.
Lavrador a colher,
Criançada a correr.
Secagem no terreirão.
À noite forrozão.

Saudades Gonzaga.
Casarões suspensos,
Vigas de madeira,
Até hoje não sei porque.
Mas era bonito,
Chão batido no chão.
Casarão suspenso no ar.

Saudades da minha infância.
Pela rua brincava.
Minha mãe cozinhava.
Naquela época não tinha preocupação.
Eu não corria perigo não.

Bem, corria, mas era outra coisa.
Não era sequestro, nem ladrão.
Perigava estourar a cara,
Pedalando feito louco descendo ladeira.
Perigava pegar verme,
Brincando na lamaceira.
Sem falar dos morrinhos,
Que teimava escalar.
Ah se mamãe soubesse,
Quantas vezes temi me esborrachar.

Saudades da minha Lajinha.
Choro, choro de saudades.
Saudades da Igrejinha,
No alto da pedra.
Ah se mamãe soubesse.
Meu nome tá lá.

Amigos de infância,
Que nunca pude visitar.
Mas estão no meu coração,
Assim como outros que virão.
Mas hoje não falo do futuro.
Saudoso do meu passado.

Saudades Gonzaga,
E só para ser singelo,
Saudadezinha
Da minha Lajinha.

(Alexandre Lima de Barros - 23/07/2004 - BH - 14:02
Escutando Luiz Gonzaga).

Quereres

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Quereres

Se pudesse escolher um sonho,
Escolheria o sonho eterno
De pra sempre me quereres.

Pois querer-te, assim como quero,
Já não cabe em sonho,
Ou o que além houver.

Mas, se além disso puder querer,
Fico com essa vida
Para sempre a te beijar.

(Alexandre Lima de Barros
BH, 08/08/2006 - 0:58)

quarta-feira, maio 31, 2006

Paro, Reparo... Vou Parar

2 comentários
Aos amigos que acompanham essa minha mente louca coloco aqui mais um texto, mais um poema naquele estilo brainstorm, sendo assim preparem-se para algo livre, sem preocupações.
Sabe, eu adoro escrever dessa forma, sem pensar na lógica na rima, no sentido. É lógico que saem algumas rimas aí, mas fluem natural, já o sentido nem sempre é tão lógico. É como aquela brincadeira, uma palavra puxando outra e assim por diante.
No dia que escrevi o que se segue já tinha escrito outros dois textos, um deles colocarei aqui mais tarde pois tem como pano de fundo um fato mixuruco desses que tomam grande importância na nossa vida. Bem, esse foi o último da noite em que o escrevi e foi engraçado, pois fazia alguns meses e do nada escrevi umas 7 páginas do meu caderninho e já passava da hora de parar e dormir.

Abraços.

Paro, Reparo... Vou Parar

Paro, reparo, aparo
Aparo verbos palavras
Soltas em minha mente correm
Mais rapido que escrevo, evo, Eva
Eva que mordeu maçã, perdição, maldição.
Encarcerou Adão fora do paraíso, riso
Riso do pecado bandido, incutido a ferro
na cabeça incalta dos fiéis e servos que
Agora crescem, milhões na mente.
É pente, no cabelo passa, pasta, grumenta
Que segura e aguenta pensamentos torpes
Caquéticos raquíticos de povão inculto
Graças aos políticos, larápios filhas-da-puta
Denigrem minha luta por uma gente justa
Que leva na bunda por não saber votar.
Dá licença, ... vou parar.
UFA!!!

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte, 19/05/2006 - 0:22

quarta-feira, maio 24, 2006

Humanos Em Uma Concha

3 comentários
Bem, vou tentar deixar esse blog atualizado, mas como todos nós sabemos, as idéias costumam nos fugir, então resolvi compartilhar um textinho antigo.
Poxa estou parecendo museu, vivendo de antiguidade, mas depois coloco aqui mais um texto no estilo brainstorm que fiz esses dias.

Então compartilho com os amigos mais esse. Caso queiram deixem seus comentários, concordando ou discordando.

Abraços.

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Humanos em uma concha

Ah, os humanos e suas conchas.
São como pérolas enclausuradas.
Brilhantes e reluzentes,
Belas e puras, mas ainda escondidas.

Não só nisso são como elas, belas pérolas.
Como elas, de um pequeno detrito
Se enobrecem e fortificam.
Como uma jóia, mas bela fica, após o atrito.

Humano é luz, pois de luz é o Pai
Sedes força, pois de força é a Terra
Não te reprimas no lodo das paixões
Onde, por vontade própria vos estacionastes.
Movimente-se, faça mover em si a energia divina.
A energia que permeia todo o cosmos.

E mesmo quando estiver no mais profundo abismo.
Como no escuro fundo do oceano.
Quando estiver hermético, fechado.
Lembras que és como a concha, recheado de pérola.

Alexandre Lima de Barros - 16/09/2002
(Ouvindo Bach "Minueto a Badinerie")

segunda-feira, maio 22, 2006

Constatar a Morte

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Esse é mais um post com textos antigos, mas para os poucos que gostam de ler isso aqui, aí vai.

Esse texto escrevi em 2003, na minha segunda semana de trabalho como médico. Fui chamado para constatar a morte de uma senhora que morava próximo ao posto de saúde que eu trabalhava.

Constatar a Morte

Fui chamado.

- Emergência?
- Não! Constatar uma morte... eu não posso.
- Acaso posso eu? Como assim?

Aqui estou, diante da antítese do que busco. Vejo na cama o corpo ainda quente. Invólucro do espírito, que agora busca outras moradas.
Não tem pulso, batimento, não há vida.
Esta que busco, onde está?
Está em todos que ficam, talvez nos quevão.
Está em todos os lados, mesmo nas paredes maltradas do cômodo. Mesmo no corpo inerte na cama.
Constatar a morte.
Perceber a vida.

Alexandre Lima de Barros
Posto de Saúde Alto Vera Cruz - Belo Horizonte, 28/08/2003, 12:47.

segunda-feira, junho 27, 2005

Unidade na Escuridão

2 comentários
Como tem um bom tempo que não posto nada aqui, resolvi postar um textinho aqui que já é velho e estava até na reserva aqui, justamente para os momentos de vacas magras.

Relendo o texto lembro muito bem da minha época mais esotérica, que está um pouco recharçada no momento, mas talvez ainda volte para ela. Mas hoje vejo que todos os caminhos são os mesmos.
Penso que Deus nos deu apenas o objetivo de ser feliz, e se não for isso Ele vai ter que esperar um pouquinho, pois é o que EU quero agora.

Aproveitem aí.

Unidade na Escuridão

Sozinho?
Sozinho não, estou aqui comigo.
Aqui no escuro da minha casa onde tento racionar energia
Acabo por racionar meu ego.
Vejo o escuro à minha frente como um reflexo meu.

Nada mudou,
as paredes continuam aqui,
os móveis continuam aqui,
eu continuo aqui,
só não consigo ver nem sentir
onde terminam os móveis onde eu começo.
Aqui sou eu e todo resto,
aqui e em outras dimensões.

Será que é ilusão do escuro,
ou nossa ilusão é na luz.
Pobre luz que nos permite ver com mais detalhe
essas pequenas manifestações do todo.
Não será ela a culpada de nossa ilusão, eu sou.

Culpado de pensar que o que está à minha volta não sou eu,
que o que sou eu é diferente do que é você.
Culpado por pensar que não somos todos parte da mesma criação,
pensar que não somos todos pequenas partes de um todo maravilhoso.

Culpado, por minha ignorância em não pensar:
"SOMOS TODOS UM SÓ".

Alexandre Lima de Barros
04/Maio/2001 - 19:35

quarta-feira, março 16, 2005

Vivo

2 comentários
Como disse que iria postar algumas coisas antigas, aqui vai um poeminha que, relendo ficou até razoável... Nessa época estava com 21 anos então devia estar no espiritismo (Kardecismo)1, talvez sirva para contextualizar o tema.

Abraços a todos os que lêem aqui, principalmente à Hitoe, que tem deixado ótimos comentários nos meus textos. Por favor, se tiverem alguma sugestão ou dica também podem falar.

Vivo

Vivo,
pois este é meu destino.
Não porque respiro ou ando.
Vivo,
pois é bom viver.
O que será esta vida?
Sem motivos? Duvido!
Um dia não pode existir sem motivos,
Quem dirá uma vida.
Todos os dis acordo
E me pergunto porque vivo.
Lá no fundo me respondo:
Vivo porque amo o mundo,
Vivo porque amo a vida!

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte - 26/Fev/2000 - 09:40


1. Religião fundada por Allan Kardec.

sábado, março 12, 2005

Para Tudo Tem Um Começo

1 comentários
Bem, meu primeiro post aqui no blog teve o título de "Iniciando... mais uma vez", referia-me, obviamente, ao início desse blog. A propósito já comecei outros, mas não consegui dar continuidade e nem divulguei, então não vingou. Nesse agora divulguei um pouquinho, e os comentários servem de estímulo, por isso: COMENTEM... somos sempre um pouco exibicionistas, e a única forma de saber que estão lendo é se comentarem.

Mas o que queria dizer mesmo é sobre o meu começo como "escritor", supondo que o sou, é claro.

Acho que a primeira coisa que me lembro de escrever foi uma redação, na 1ª série, cujo o tema era Jacaré... bem, eu acho. E em determinado ponto da redação surgira a palavra 'jeito', mas que eu não sabia como escrever, palavra que, confesso, até hoje me surgem dúvidas ocasionalmente. Nesse dia tive que sair da minha casa e pedir auxílio no consultório daquele que é o meu grande guru, meu Paizão.

Bem esse episódio foi a primeira composição que lembro que fiz, redação normal de grupo, mas está perdida no tempo então não há como dizer no que consistiu, sem dizer que foi por obrigação, o que geralmente torna muito menos prazeroso. Mas existe um outro dia na minha vida que ficou ainda mais marcado na minha "vida de escritor", foi o dia que realmente decidi que queria escrever poesia, que queria escrever alguma coisa, se é que se pode decidir isso, mas eu decidi. Peguei o velho bloquinho de receituário que sempre tinha lá em casa, pois meu pai, exagerado, mandava fazer muito mais que o necessário. Assim eles bailavam por todos os lugares e os usávamos para tudo, seja para prescrever receitas, fazer cálculos financeiros, desenhar ou escrever.

Cresci vendo meu pai escrevendo nesses blocos e até hoje às vezes encontro algumas de suas folhas, brilhantes, acetinadas, do tipo que borram com canetas BIC, perdidas em algum livro mais antigo.

Pois foi em uma folhinha dessas que escrevi meu primeiro poema, infantil, mínimo, uma estrofezinha, mas mesmo hoje penso que foi um dos meus melhores, o primeiro, meu primogênito, como um filho que nasce sem que se perceba.

E foi assim que nasceu "Chuva Colorida", escrito em caneta BIC verde (que só vi mesmo com meu pai) e desenhos borrados em azul e vermelho.

De lá para cá, já tive épocas de escrever e épocas de silenciar, como já comentei aqui, mas ele foi o marco inicial... e que não haja o final.

Então, hoje, vou postar aqui esse poeminha e toda vez que achar que estou meio parado com o blog e sem inspiração vou repostar poemas/textos antigos, espero que me aguentem, mas desejo muito a crítica dos que me lêem, tanto para elogiar quanto para falar que não gostaram. Quem entender melhor dessa arte de escrevinhar pode me falar ou dar dicas, se houver algum erro falem para que me corrija, pois como disse o sábio filósofo brasileiro: "Eu prefiro ser, essa metamorfose ambulante."1

Chuva Colorida

Chuva colorida
Para meu mundo sem cor.
Chuva colorida
Para satisfazer o meu amor.

Alexandre Lima de Barros
Lajinha - MG - 1990

1. Raul Seixas