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sábado, setembro 16, 2006

Trocadilhema Vezes Menos Um

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Lendo o blog do grande amigo, escritor e poeta Carino, encontrei o poema Trocadilhema, publicado no dia 12/09/06, muito gracioso, mas como sou bastante enrolado, me vi na situação inversa aqui vai a resposta.

Trocadilhema Vezes Menos Um

Vagareza essa,
Impede-me as idéias
Ver impressa.

Alexandre Lima de Barros
BH - 16-09-2006 - 10:23


1. Quando multiplicamos um número por -1 (menos um) invertemos o seu sinal.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Caipirão (À Lajinha)

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Releio esse poema que vou postar e o sentimento saudosista brota novamente em meu peito. Essa vida nossa hoje é tão corrida que às vezes penso que não fui eu quem viveu isso tudo. Foi há muito, muito tempo, parece-me que foi há 50 anos atrás. Tenho vontade de viver isso tudo um pouco mais, entretanto é tarde, muito tarde, o que se foi "é ido", não volta mesmo.

Tenho vontade de voltar à minha Lajinha e ver como está hoje, o que mudou naquelas ruas de paralelepípedo que tantas vezes corri descalço cidade a fora, só de shorts e muita disposição. Bicicletinha GaloCross, isso mesmo Galo, não era Caloy não pois era cara, mas era até cromadinha, com manche amarelo, bonita até. Andei demais, caí demais, vivi bastante. Quero ver a Igrejinha, quero ver a Praça, que tinha uma sorveteria do lado, com sanduíche "Americano" pois não gostava de queijo, nem hamburguer, bala Ice Kiss com mensagem para compensar um pouco da timidez.

Ai, queria muito ver o Carnaval, o Cheira-Cheira, meu amado azul e branco, o Mé de verde e rosa, a águia do Kenedy de vermelho e branco. Participar do ateliê, ajudando a fazer as roupas e adereços, ajudando quase nada, mas tentava.

Saudades dos amigos.

Em termos de saudosismo sou pior que muita gente, sou saudosista do que não vivi até mais do que o que vivi. Tenho saudades de ver minha vó dançando rancheira, quando ainda era adolescente. Saudades de ver minha mãe passando à pé, lá da "feirinha" até o Estela Matutina, lá em Nanuque, saudades.

Ai Saudades, ô bicho marvado.
Esse poema em primeiro lugar é homenagem à Lajinha, em segundo a meu pai que sempre amou aquele lugar e a quem devo um pouco dessa vontade de escrever. Homenageio os velhos amigos que nunca mais vi, mas que ajudaram a construir minha vida.


Caipirão (À Lajinha)

Ê Gonzaga, saudades de ti Luiz.
Tô aqui, escuto Asa Branca,
Lembro da minha terra.
Terra que não verei, nem ninguém verá.

A fazendinha,
Cheia de galinha cocá.
Bichinha danada,
Teimando em me despertar.

Fazendão,
Café em plantação.
Verdim, vermelhim.
Lavrador a colher,
Criançada a correr.
Secagem no terreirão.
À noite forrozão.

Saudades Gonzaga.
Casarões suspensos,
Vigas de madeira,
Até hoje não sei porque.
Mas era bonito,
Chão batido no chão.
Casarão suspenso no ar.

Saudades da minha infância.
Pela rua brincava.
Minha mãe cozinhava.
Naquela época não tinha preocupação.
Eu não corria perigo não.

Bem, corria, mas era outra coisa.
Não era sequestro, nem ladrão.
Perigava estourar a cara,
Pedalando feito louco descendo ladeira.
Perigava pegar verme,
Brincando na lamaceira.
Sem falar dos morrinhos,
Que teimava escalar.
Ah se mamãe soubesse,
Quantas vezes temi me esborrachar.

Saudades da minha Lajinha.
Choro, choro de saudades.
Saudades da Igrejinha,
No alto da pedra.
Ah se mamãe soubesse.
Meu nome tá lá.

Amigos de infância,
Que nunca pude visitar.
Mas estão no meu coração,
Assim como outros que virão.
Mas hoje não falo do futuro.
Saudoso do meu passado.

Saudades Gonzaga,
E só para ser singelo,
Saudadezinha
Da minha Lajinha.

(Alexandre Lima de Barros - 23/07/2004 - BH - 14:02
Escutando Luiz Gonzaga).

Quereres

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Quereres

Se pudesse escolher um sonho,
Escolheria o sonho eterno
De pra sempre me quereres.

Pois querer-te, assim como quero,
Já não cabe em sonho,
Ou o que além houver.

Mas, se além disso puder querer,
Fico com essa vida
Para sempre a te beijar.

(Alexandre Lima de Barros
BH, 08/08/2006 - 0:58)

segunda-feira, agosto 14, 2006

Era Dia dos Pais

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Bem, 12 de Agosto, véspera do dia dos pais, fomos, Eu, Flávia e Família para um baile de igreja: Baile do Papai. Queríamos começar a por em prática um pouca das aulas de dança de salão que estamos fazendo.

Como poucas vezes acontece, eu cheguei até cedo, a banda começa a tocar, espero uma ou duas músicas até tomar coragem de dançar na frente daquele povarel todo - afinal na aula de dança é fácil, eu estou só aprendendo. Levantamos e nos pomos a dançar, tranquilo, passou a vergonha, é mais tranquilo que pensava, dançamos um pouco.

Passado algum tempo uma muvuca se amontoa a um canto do salão, preessentindo o acontecido corri ao local, como muitos outros já faziam. Um senhor caído no chão, sangrando devido ao impacto, parada cardíaca, sem pulso, um leve reflexo respiratório. Detesto emergências, fugi disso toda a minha vida acadêmica e profissional, mas quando se é o único com alguma capacitação deve-se assumir um certo comando.
Com a cooperação de outras duas pessoas iniciamos uma massagem cardíaca, enquanto todos no salão, desesperados começavam a dar opiniões, telefonar para a emergência. Foram longuíssimos 20 minutos de massagem cardíaca, até a chegada do SAMU. Víamos a esposa chorosa, depois chegam filho e filha. Depois chega o SAMU, fizemos a nossa parte, agora é com eles.

Só um não cooperou com nossos anseios, aquele senhor deitado no chão, talvez fosse mesmo sua hora, penso que chegada a hora, não adianta, ele dá adeus e se vai.

A festa acabou, para nós, mas na memória daquela família, nunca acabará, a cada ano lembrarão: "Era véspera do dia dos pais, e o nosso foi ter com o pai maior."

Um dia será o nosso dia, que venha sereno, tranquilo.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Tudo que é bom acontece na madrugada!

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Olá queridos poucos leitores, em primeiro lugar um comentário: já faz tempo que não apareço aqui, mas deixa isso prá lá, sou assim mesmo.

Agora vamos ao texto.
Estou indignado, são 02:10 da manhã e vou perder mais alguns minutos do lindo, precioso e amado sono para protestar.

Tudo o que é bom acontece na madrugada. Já reparou nisso? Se não me entendem refiro-me principalmente aos programas de TV. Já cansei de perder noites de sono assistindo a programas da madrugada, ou dormi com raiva por não vê-los. Os show bacanas que não estão na mídia passam de madrugada. Aquela apresentação de violão de um grupo bacana de não sei onde, passa de madrugada. A ciência diz que quem dorme mais vive mais e melhor, o problema é que a ciência só me diz isso de madrugada.

Esse bendito mundo tem exigido e sugado tanto de nós durante o dia que só o que nos resta é a madrugada. Agora entendo a pergunta que me faziam no exército, ante à minha perplexidade pela sobrecarga de tarefas a cumprir: "O que você faz de Meia-noite às Seis?". Agora eu responderia: - Eu Vivo... é; porque durante o dia eu produzo... viver para mim só depois disso. A aula de violão até sai um pouco mais cedo, mas, para desespero das minhas irmãs e da vizinhança, só posso praticar bem mais tarde. Depois disso vem um tempinho para leitura, o que acaba sempre virando um tempão.

Estava ali assistindo um programa na MultiShow que dá uma misturada em física e truques de magia, ô trem gostoso sô. Adoro física e magia é muito massa. Entretanto coisas desse tipo não passam na Globo, só depois de uns 3 anos e se fizer sucesso lá fora. (Como foi o MithBusthers... se for assim que se escreve).

Continuando minhas reclamações... A sociedade trabalha para recharçar (ou seria com X, quem souber deixe um comentário para mim, estou sem o dicionário aqui agora) as coisas boas para a madrugada. Bem até aquele rala-e-rola, muitas vezes só rola de madrugada.

Acreditem, um dia desses até o desenho animado que eu queria ver só rolou de madrugada! Assim não pode, assim não dá.

Claro que sempre existe a possibilidade de eu estar envelhecendo a mente mais rápido do que esperava, e aquilo, que eu não dava a mínima antes, só consigo ver de madrugada. Aff... tô ranzinza, vou dormir.