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quarta-feira, junho 07, 2006

Flor de Papel

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Uma flor de papel não vale nada, mas muda tudo!

Agora pronto, o que quero dizer com isso?
Vou resumir, para acabar o suspense, depois me explico: Um pequeno gesto vale muito!

Entendeu? Vamos então explicar.
Nos nossos relacionamentos diários são os pequenos gestos que fazem as grandes diferenças. Um pequeno agrado, um carinho "inesperado", uma mensagenzinha no celular, totalmente sem conteúdo, só para dizer "olá, como vai?"

Por muito tempo pensei que isso tudo era uma grande tolice, gastar dinheiro à-toa. Mas o que dizer da surpresa de um toque no celular, a doçura de um bombom despretencioso?

Hoje penso diferente. Não acho que chegue a ser chiclete, talvez ainda esteja mais para o desligadão, mas já consigo valorizar esses pequenos gestos, como comrar uma Pipoca Aritana para a irmã que está triste.

Então pense nisso, um pequeno gesto muda tudo.

E a flor de papel, onde entra na história? Bem... no começo dela. Uma ocasião, carnaval, há uns 03 anos, estava o Rafa (meu primo), minha irmã, umas amigas dela e eu, festa de axé, maior muvuca. Nisso passa uma ambulante: "Compra uma rosa para as moças! 1 real!" - Vê se pode: Dar um real numa rosa de papel? meu primo Deu, não 01 real, mas 05 reais, uma para cada menina. Agrado bobo. Mas os agradecimetnos de cada uma e as várias vezes que elas lembraram o feito, não passaram tão levianos por meus ouvidos, pequena tortura que foi.

Um pequeno gesto muda tudo.
Não há preço para o sorriso da surpresa.

- Alexandre Lima de Barros
- Belo Horizonte, 18/05/2006, 23:54.

terça-feira, junho 06, 2006

Como Diria o Renato...

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Não sei nem como começar a falar sobre a indignação que estou sentindo hoje.

Hoje uma cambada de vândalos, aproximadamente 700, indiu a Câmara dos Deputados em Brasília. Não meus amigos, como vocês podem ter visto nos jornais, não apenas invadiram, eles destruiram tudo por onde passavam. Foi uma demonstração horrorosa do desrespeito a paz, à democracia.

Para mim que sempre tive que discutir até os horários de chegar em casa, parece uma aberração da humanidade o que essas pessoas fazem. Hoje os manifestantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) invadiram uma das casas da democracia de nosso país - entendo muito bem que nem sempre são tão "democráticos" lá, mas são os representantes do nosso sistema - destruiram carros, computadores, tudo o que viam pela frente. Eu, na minha insignificância não questiono seus motivos, questiono seus métodos: ontem destruiram o viveiro de pesquisa da Aracruz, hoje a Câmara, o quê será amanhã???

Não tenho condições nem conhecimento para discutir politicamente tudo isso, mas tenho condição de me envergonhar disso tudo. Envergonho-me ao ver que todo o nosso sistema é permissivo com tais manifestações. É triste ver que esses manifestantes realmente achem que essa é a melhor de reinvindicarem seus pretensos direitos. É triste também ver que o governo, pelo qual eu votei e ainda gosto e defendo, também fica pondo panos quentes e alisando a cabeça dessa corja. E o que é mais triste é que nessa época, todos aproveitam isso para fazer palanque, até mesmo nosso querido Arnaldo Jabor não perde uma oportunidade sequer de colocar a culpa de todos os males sobre o Lula. Será que ele acha que foi o Lula que abriu a Caixa de Pandora, ou comeu o fruto Proibido, banindo todos do Paraíso??? Ele não é perfeito, muito longe disso, mas tenha a santa paciência né!

Já não basta essa cambada de arruaceiros depredarem tudo, ainda me vem um filho-duma-égua (Jabor) falar que a culpa não é deles e sim do Governo?!!!

Como diria o Renato: Que País é Esse???

quarta-feira, maio 31, 2006

Paro, Reparo... Vou Parar

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Aos amigos que acompanham essa minha mente louca coloco aqui mais um texto, mais um poema naquele estilo brainstorm, sendo assim preparem-se para algo livre, sem preocupações.
Sabe, eu adoro escrever dessa forma, sem pensar na lógica na rima, no sentido. É lógico que saem algumas rimas aí, mas fluem natural, já o sentido nem sempre é tão lógico. É como aquela brincadeira, uma palavra puxando outra e assim por diante.
No dia que escrevi o que se segue já tinha escrito outros dois textos, um deles colocarei aqui mais tarde pois tem como pano de fundo um fato mixuruco desses que tomam grande importância na nossa vida. Bem, esse foi o último da noite em que o escrevi e foi engraçado, pois fazia alguns meses e do nada escrevi umas 7 páginas do meu caderninho e já passava da hora de parar e dormir.

Abraços.

Paro, Reparo... Vou Parar

Paro, reparo, aparo
Aparo verbos palavras
Soltas em minha mente correm
Mais rapido que escrevo, evo, Eva
Eva que mordeu maçã, perdição, maldição.
Encarcerou Adão fora do paraíso, riso
Riso do pecado bandido, incutido a ferro
na cabeça incalta dos fiéis e servos que
Agora crescem, milhões na mente.
É pente, no cabelo passa, pasta, grumenta
Que segura e aguenta pensamentos torpes
Caquéticos raquíticos de povão inculto
Graças aos políticos, larápios filhas-da-puta
Denigrem minha luta por uma gente justa
Que leva na bunda por não saber votar.
Dá licença, ... vou parar.
UFA!!!

Alexandre Lima de Barros
Belo Horizonte, 19/05/2006 - 0:22

quarta-feira, maio 24, 2006

Humanos Em Uma Concha

3 comentários
Bem, vou tentar deixar esse blog atualizado, mas como todos nós sabemos, as idéias costumam nos fugir, então resolvi compartilhar um textinho antigo.
Poxa estou parecendo museu, vivendo de antiguidade, mas depois coloco aqui mais um texto no estilo brainstorm que fiz esses dias.

Então compartilho com os amigos mais esse. Caso queiram deixem seus comentários, concordando ou discordando.

Abraços.

Photobucket - Video and Image Hosting

Humanos em uma concha

Ah, os humanos e suas conchas.
São como pérolas enclausuradas.
Brilhantes e reluzentes,
Belas e puras, mas ainda escondidas.

Não só nisso são como elas, belas pérolas.
Como elas, de um pequeno detrito
Se enobrecem e fortificam.
Como uma jóia, mas bela fica, após o atrito.

Humano é luz, pois de luz é o Pai
Sedes força, pois de força é a Terra
Não te reprimas no lodo das paixões
Onde, por vontade própria vos estacionastes.
Movimente-se, faça mover em si a energia divina.
A energia que permeia todo o cosmos.

E mesmo quando estiver no mais profundo abismo.
Como no escuro fundo do oceano.
Quando estiver hermético, fechado.
Lembras que és como a concha, recheado de pérola.

Alexandre Lima de Barros - 16/09/2002
(Ouvindo Bach "Minueto a Badinerie")

segunda-feira, maio 22, 2006

Constatar a Morte

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Esse é mais um post com textos antigos, mas para os poucos que gostam de ler isso aqui, aí vai.

Esse texto escrevi em 2003, na minha segunda semana de trabalho como médico. Fui chamado para constatar a morte de uma senhora que morava próximo ao posto de saúde que eu trabalhava.

Constatar a Morte

Fui chamado.

- Emergência?
- Não! Constatar uma morte... eu não posso.
- Acaso posso eu? Como assim?

Aqui estou, diante da antítese do que busco. Vejo na cama o corpo ainda quente. Invólucro do espírito, que agora busca outras moradas.
Não tem pulso, batimento, não há vida.
Esta que busco, onde está?
Está em todos que ficam, talvez nos quevão.
Está em todos os lados, mesmo nas paredes maltradas do cômodo. Mesmo no corpo inerte na cama.
Constatar a morte.
Perceber a vida.

Alexandre Lima de Barros
Posto de Saúde Alto Vera Cruz - Belo Horizonte, 28/08/2003, 12:47.